Com cerca de 9,3 milhões de eleitores, São Paulo registrou o maior número de abstenções da sua história: 2,9 milhões de pessoas não compareceram aos locais de votação. Este número corresponde a 31,54% do eleitorado. A marca supera a registrada em 2020, quando 2,7 milhões não foram votar, totalizando 30,81% dos eleitores.
Abstenções, votos brancos e nulos
Somados com os votos nulos (430 mil) e brancos (234 mil) às abstenções, cerca de 3,6 milhões não optaram nem pelo prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) nem por seu oponente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que saiu derrotado.
O total de abstenções, votos nulos e brancos superam a votação de Nunes, que obteve 3,3 milhões de votos (59,35% dos votos válidos) entre os eleitores da capital paulista.
Qual é o impacto dos votos não contabilizados?
O impacto disso se reflete na legitimidade percebida do candidato eleito, uma vez que uma grande parcela do eleitorado não se manifestou de maneira determinante. A análise desses votos é importante para entender o quadro político atual e para desenvolver estratégias que incentivem a participação eleitoral nas próximas eleições.
Números do primeiro e do segundo turno
Neste domingo (27), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo registrou 5,7 milhões de votos válidos. São quase 400 mil votos a menos que no primeiro turno.
No segundo turno das eleições de 2020, a disputa foi entre Bruno Covas (PSDB) e Boulos; Covas morreu de câncer em maio de 2021, sendo substituído por seu vice, Ricardo Nunes.
A taxa de eleitores que não compareceu para votar, em 2020, ou que registrou votos nulos e brancos foi ainda maior. Naquele ano, quase 45% da população apta a votar não escolheram candidato. Porém, vale destacar, que o pleito foi durante a pandemia de Covid-19.