Com 99,99% dos votos apurados, está matematicamente definido que a disputa para a Presidência da República terá segundo turno entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Dilma obteve 41,59% dos votos, ficando à frente de Aécio, que termina o primeiro turno com 33,55%. A candidata do PSB Marina Silva deixou a corrida presidencial com 21,32% dos votos, em terceiro lugar. A votação para o segundo turno acontecerá no dia 26 deste mês. Confira o resultado final do primeiro turno:
Dilma Rousseff (PT) - 41,59%
Aécio Neves (PSDB) - 33,55%
Marina Silva (PSB) - 21,32%
Luciana Genro (Psol) - 1,55%
Pastor Everaldo (PSC) - 0,75%
Eduardo Jorge (PV) - 0,61%
Levy Fidelix (PRTB) - 0,43%
Zé Maria (PSTU) - 0,09%
Eymael (PSDC) - 0,06%
Mauro Iasi (PCB) - 0,05%
Rui Costa Pimenta (PCO) - 0,01%
Brancos - 3,84%
Nulos - 5,80%
Dilma Rousseff (PT)
Dilma Vana Rousseff, mãe de três filhos, nasceu sete dias antes do Natal de 1947, filha do búlgaro Pétar Russév e de uma mineira de quem herdou o nome. Ela passou sua infância em Belo Horizonte (MG) ao lado dos dois irmãos. Em 1964, ano do golpe militar, Dilma entrou no Colégio Estadual Central. Nesta escola iniciou a militância na Política Operária (Polop), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil.
Em 1967, Dilma ingressou no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e aderiu ao Comando de Libertação Nacional (Colina) - organização que combatia a ditadura. Em 1968, Dilma começou a ser perseguida em Minas e entrou para a clandestinidade. Em 1969, se tornou membro do VAR-Palmares (fruto da fusão entre Colina e VPR).
Em Belo Horizonte, a família não sabia que Dilma pertencia aos grupos considerados subversivos. A informação só veio quando ela foi presa no centro de São Paulo. De janeiro de 1970 a dezembro de 1972, Dilma passou os dias nos porões da Operação Bandeirantes (Oban) e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde sofreu sessões de tortura.
Após ser solta, Dilma ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1974. Em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. Na década de 1980, ela militou no PDT, partido que ajudou a fundar. Em 1986, o então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, a escolheu para ocupar o cargo de secretária da Fazenda.
Em 1993, com a eleição de Collares para o governo do Rio Grande do Sul, torna-se Secretária de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul. Dilma ocupou ainda a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, no governo de Olívio Dutra (PT), eleito em 1998. Em 2000, filiou-se ao PT.
Nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma foi ministra de Minas e Energia (2002 a 2005), e da Casa Civil (2005 a 2010). Em 2010, elegeu-se Presidente da República com 56% dos votos, vencendo o então candidato José Serra (PSDB) no segundo turno.
Aécio Neves (PSDB)
Aécio Neves da Cunha tem 54 anos e três filhos. É pai de Gabriela, fruto do primeiro casamento com a advogada Andréa Falcão, e dos gêmeos Julia e Bernardo, filhos de sua atual mulher, Letícia Weber.
O candidato nasceu em Belo Hoizonte no ano de 1960, em berço político. É neto de Tancredo Neves, primeiro presidente eleito democraticamente no Brasil em 1985, e herdou o nome do pai, o advogado e parlamentar, Aécio Cunha. Tem duas irmãs: Andrea e Angela.
Viveu entre as cidades de Claudio e São João del-Rei até os 10 anos, quando mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde ficou até a vida adulta. É economista graduado pela PUC-MG.
Começou na carreira política pelos bastidores, quando em 1981, aos 21 anos, acompanhou de perto a campanha pelo governo de Minas Gerais de Tancredo Neves. Em 1983, assumiu a posição de secretário pessoal do avô, cargo que o permitiu participar da corrida presidencial de Tancredo.
Em 1986, foi eleito ao seu primeiro cargo político: deputado federal pelo PMDB. Acumulou a função por quatro mandatos e 16 anos. Em 2001, foi escolhido presidente da Câmara dos Deputados. No ano seguinte, assumiu a cadeira de governador de Minas Gerais, posição que permaneceu por reeleição até 2010 e deixou com aprovação de 92%.
Aécio Neves foi eleito senador no mesmo ano e, em 2013, assumiu o cargo de presidente nacional do PSDB.