Aécio cola na família Campos e se compara a JK

Tucano fez primeiro ato de campanha no Nordeste na terra natal do ex-governador, morto em acidente aéreo, e se reuniu com a viúva, Renata Campos, ao lado de políticos do PSB

11 out 2014 - 15h00
(atualizado às 16h02)

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, comparou-se neste sábado ao ex-presidente Juscelino Kubitschek e colou na imagem do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo com outros seis integrantes de sua equipe, no último dia 13 de agosto, em Santos (litoral sul de São Paulo). Aécio participou de um ato político com políticos regionais ligados a Campos e ao PSB, que ele presidia, em Recife. O local escolhido, o Clube Internacional, foi o mesmo local onde Marina Silva (PSB) começou sua campanha de primeiro turno após ser oficializada cabeça de chapa.

Filho de Eduardo Campos (PSB), João Campos, 20 anos, discursou em ato político de apoio a Aécio Neves (PSDB), no Recife
Filho de Eduardo Campos (PSB), João Campos, 20 anos, discursou em ato político de apoio a Aécio Neves (PSDB), no Recife
Foto: Janaina Garcia / Terra

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Aécio subiu ao palco acompanhado por três filhos de Campos –João, de 20 anos, apontado como herdeiro político do pai, fez um discurso breve --, pela avó deles, Madalena Arraes, viúva do ex-governador Miguel Arraes, pelo vice na chapa com Marina, Beto Albuquerque (PSB-RS), e por políticos regionais, entre os quais o governador eleito, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito da capital, Geraldo Júlio. O atual governador, João Lyra, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ambos do PSB, também estiveram presentes e discursaram pedindo voto ao tucano.

Aécio usa WhatsApp para fazer campanha no segundo turno
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O senador mineiro levou a filha, Gabriela, ao ato. No discurso, chamou Pernambuco de “solo sagrado” e reforçou a amizade que mantinha com Campos. “Hoje sinto na minha alma a força e a coragem de Eduardo Campos. Se ele não pode mais estar aqui, que abençoe esse encontro”, disse. “Tínhamos certeza, não sabíamos de que forma, que um dia estaríamos juntos para construir um Brasil mais honrado e generoso”.

O tucano ainda alfinetou as críticas que o partido tem recebido, pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), em relação ao eleitor nordestino –onde, apesar de a petista não ter vencido em Pernambuco, saiu vitoriosa no primeiro turno.

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Após o ato público, Aécio seguiu com o prefeito do Recife e com os governadores atual e eleito do Estado para a casa da viúva de Campos, Renata
Foto: Janaina Garcia / Terra

“Não vou aceitar que queiram dividir o Brasil em dois, entre pobres e ricos, Norte e Sul, Nordeste e Sudeste; venho para ser presidente da integração de todos, construindo alianças e pontes”, afirmou. E completou: “Serei e tentarei ser como foi Juscelino (Kubitschek), outro mineiro que assumiu a Presidência, 60 anos atrás, e que foi o presidente da integração, da diminuição das diferenças”.

O candidato ainda citou uma carta de ampliação de compromissos com aliados, apresentada mais cedo, e voltou a criticar o governo Dilma, apesar de enaltecer, sempre que pode, em seus discursos, a preferencia pela “campanha propositiva, de respeito ao adversário”: “Quero libertá-los do jugo desse governo que não respeita a democracia, não respeita reputações e seus adversários”, criticou.

Após o ato público, Aécio seguiu com o prefeito do Recife e com os governadores atual e eleito do Estado para a casa da viúva de Campos, Renata. O encontro foi fechado à imprensa.

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Fonte: Terra
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