O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, condenou o que considerou um ataque de “vândalos criminosos”, após manifestantes pós-PT terem promovido ato em frente à editora Abril, em São Paulo, contra a revista “Veja”, que publicou, em sua última edição, uma denúncia de que o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma Rousseff teriam conhecimento dos escândalos financeiros envolvendo a Petrobras.
“Quero deixar um profundo protesto contra os vândalos criminosos”, repetiu Aécio Neves na coletiva de imprensa aos jornalistas após o último debate antes do pleito presidencial, no domingo. “Eles atacaram o prédio de um importante veículo de comunicação que nada mais fez do que mostrar denúncias contra os nossos adversários”, prosseguiu.
A sede da editora na zona sul de São Paulo teve os muros pichados e alguns manifestantes jogaram lixo na porta do veículo de comunicação – que em sua reportagem de capa cita um suposto depoimento do doleiro Alberto Yousseff, que dentro do seu programa de delação premiada teria citado o nome de Lula e Dilma no esquema de corrupção denunciado pela operação Lava Jato da Polícia Federal. O comitê do PT entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral para que a revista fosse retirada de circulação, mas o TSE negou.
“Esses atos, que já deveriam ter recebido uma recriminação dura por parte dos meus adversários. O curioso é que as mesmas fontes que serviram que ela servisse para fazer acusações ao PSDB (sobre o ex-presidente do partido Sérgio Guerra), não servem para o seu governo”, disse Aécio.
“Serei o presidente da generosidade e da esperança”, completou ainda o candidato tucano, que se disse “leve e vivo”, após mais de 90 dias de campanha eleitoral. “O que ocorreu no Brasil foi mais do que um apoio a uma candidatura, foi algo em prol de uma mudança e melhora de qualidade de vida dos brasileiros. Sou um vitorioso”.
Questionado sobre o fato de insistir no tema da inflação em todos os quatro debates ocorridos no segundo turno eleitoral, o tucano explicou que sua meta, se eleito, é fazer a redução do centro da meta “num primeiro momento para 4,5%, e depois para 3%” ao ano.
““O que mais aumenta a inflação é ausência de oferta. Vamos atrais novos investimentos. É possível elevar nossa taxa de investimento na proporção do PIB, metade do que os países asiáticos têm. Com regras claras, temos que resgatar a capacidade de investimento”, explicou. “Minha equipe econômica será eficiente e com controle inflacionário. Vamos tomar todas as providência para tomar o centro da meta, já que teremos um 2015 difícil em razão do que esse governo irá deixar de legado”.