Aécio diz que Dilma "está à beira de um ataque de nervos"

Tucano rebateu críticas da petista, que ontem, em MG, questionou a capacidade do adversário assumir cargos públicos

12 out 2014 - 14h16
(atualizado às 14h16)

O senador Aécio Neves (PSDB), adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno para a Presidência da República, afirmou neste domingo, em Aparecida (Vale do Ribeira), que a petista está “à beira de um ataque de nervos, desesperada” ao formular ataques a ele. As críticas foram feitas durante entrevista coletiva no Santuário Nacional, onde Aécio participaria da missa pelo Dia da Padroeira. O voo dele do Rio atrasou, e o candidato chegou após a celebração.

Ao lado do governador reeleito de SP, Geraldo Alckmin, Aécio festejou apoio de Marina
Ao lado do governador reeleito de SP, Geraldo Alckmin, Aécio festejou apoio de Marina
Foto: Janaina Garcia / Terra

“Estamos vendo uma candidata desesperada, à beira de uma crise, à beira de um ataque de nervos. Os ataques que ela me faz, na verdade, estão no meu currículo”, rechaçou. “Ocupei todos os cargos com extrema dignidade: aqueles para os quais fui nomeado, e todos os demais aos quais fui eleito pelo voto popular”, concluiu.

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As declarações do tucano rebateram ataques feitos ontem por Dilma durante campanha em Contagem, Minas Gerais. A petista colocou em xeque a capacidade de Aécio em assumir cargos públicos. “Nunca virei vice-presidente da Caixa Econômica aos 25 anos de idade; todos os cargos que tive foram pelos meus méritos e não por indicação de ninguém", afirmara a candidata à reeleição, em menção ao período em que Aécio foi diretor de loterias da Caixa Econômica Federal, cago ocupado por nomeação política.

“Estou em direção até oposta a ela, que construiu quase tudo por indicações. Não considero isso demérito, mas com a diferença talvez de que eu os honrei e agi por dignidade – não podemos dizer o mesmo dos indicados da presidente da República, pode escolher a área. Se não estiver ocorrendo nenhuma, fiquemos na Petrobras, mesmo”, provocou, referindo-se ao escândalo de pagamento de propina delatado pelo ex-diretor Paulo Roberto da Costa à Justiça Federal.

Primeiro turno

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Com 21,32% ou 22,1 milhões de votos no primeiro turno, Marina Silva ficou em terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff, que obteve 41,59% dos votos do eleitorado (43,2 milhões no total), e Aécio Neves, que chegou ao segundo turno ao obter 33,55% (34,8 milhões). O PSB, partido pelo qual Marina concorreu, anunciou na última quarta-feira apoio a Aécio, mas seu presidente, Roberto Amaral, declarou apoio a Dilma. A Rede Sustentabilidade, grupo político criado por Marina e que deve se tornar um partido, recomendou voto em Aécio, branco ou nulo. O segundo turno da eleição ocorre no dia 26 de outubro

Fonte: Terra
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