As operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que descumprem decisão judicial e promovem blitze neste dia de eleições deflagraram nova crise interna na corporação. Três importantes lideranças da PRF ouvidas sob reserva pelo Broadcast Político relataram perplexidade com o episódio e veem uso político da entidade pelo diretor-geral, Silvinei Vasques, para ajudar eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
De acordo com uma das fontes, o clima é tenso e uma reação formal de agentes, por meio de nota de repúdio, é considerada nos bastidores. "A PRF é uma polícia de Estado, não de governo. O que está acontecendo hoje é coisa de polícia de governo, declarou um líder policial rodoviário, que fala em "ousadia" de Vasques, que declarou voto em Bolsonaro.
Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha vetado operações da PRF neste domingo, 30, para garantir o fluxo de eleitores, blitze são registradas especialmente no Nordeste, onde o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, mostra força eleitoral. A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações, e o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o fim imediato das atividades.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi procurado para comentar a insatisfação da categoria, mas não retornou aos contatos.