O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin assinou nesta quarta-feira, 23, sua filiação ao PSB, encerrando um período de meses de negociações, ato que abrirá o caminho ao convite formal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja seu candidato a vice em sua chapa presidencial.
Em uma cerimônia lotada, na sede da fundação do PSB, Alckmin foi o nome mais esperado de um conjunto de mais de uma dezena de novos filiados ao partido -entre eles, o senador Dário Berger, pré-candidato ao governo de Santa Catarina, e o vice-governador do Maranhão Carlos Brandão, que também disputará o governo do Estado.
A candidatura de Alckmin a vice-presidente não foi citada em nenhum momento, apenas insinuada. Mas a presença de lideranças do PT, como à presidente do partido, deputada Gleisi Hoffman, o senador Paulo Rocha e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, dão uma mostra do caminho acertado pelos dois partidos.
Principal interessado no movimento de Alckmin, Lula preferiu não comparecer para não ocupar um momento que era do ex-governador.
Os discursos, no entanto, mostram que não há dúvidas sobre a aliança.
"O partido está unido em torno da candidatura do presidente Lula", disse o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
"Essa filiação é um ânimo. Sabemos qual é o nosso lado, o da democracia", disse o ex-governador de São Paulo, Márcio França. "Não tem como ficar do outro lado. Há só um lado, o da democracia."