Após eleição indireta, prefeito assume mandato de 83 dias em Lins

Segundo o TRE, é a primeira vez na história política recente que o Estado de São Paulo tem uma eleição indireta

10 out 2020 - 16h41

SOROCABA - Eleito de forma indireta pelos vereadores, o prefeito Akio Matsuura, do PSDB, assume neste sábado, 10, a prefeitura de Lins, no interior de São Paulo, para um mandato-tampão de 83 dias. Ele venceu por um voto de diferença as eleições realizadas na noite desta sexta-feira na Câmara Municipal, sem a presença de público devido à pandemia da covid-19. É a primeira vez na história política recente do Estado, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que São Paulo tem uma eleição indireta.

Dos 15 vereadores, 8 votaram pela eleição de Akio Matsuura. 
Dos 15 vereadores, 8 votaram pela eleição de Akio Matsuura.
Foto: Câmara de Lins/Divulgação / Estadão

Os 15 vereadores compareceram para votar. Oito deles votaram na chapa de Matsuura, com o vice Damião de Souza (PL) - vereador, Souza acabou decidindo a eleição ao votar em sua própria chapa. O segundo colocado, Neto Danzi, do Solidariedade, com o vice Dr. Marino, do MDB, recebeu sete votos. Danzi também é vereador e votou nele mesmo. A terceira chapa concorrente, com Osvaldir Spadim, do Patriotas, para prefeito e Milton Torres, do mesmo partido, para vice, não teve nenhum voto.

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A realização do pleito indireto não afeta as eleições municipais do calendário oficial, no dia 15 de novembro, que elegerá prefeito, vice e vereadores para o próximo quadriênio. Com 78,5 mil habitantes, Lins terá eleição de turno único. Dos seis candidatos às eleições indiretas, cinco voltam a concorrer no pleito direto. Neto Danzi e Osvaldir Spadim são candidatos a prefeito, enquanto Milton Torres e Dr. Marino concorrem para vice. Já Damião Souza disputa um novo mandato de vereador.

As eleições indiretas foram definidas após a cassação do ex-prefeito Edgar de Souza e do vice Carlos Alberto Daher, ambos do PSDB, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A lei eleitoral permite essa forma de eleição quando os cargos ficam vagos a menos de seis meses do término do mandato. Os dois políticos foram condenados à perda das funções por terem realizado propaganda eleitoral de forma irregular. Conforme a defesa do ex-prefeito, ainda há recurso pendente de julgamento no TSE.

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