Com 78,67% dos votos válidos, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), foi reeleito neste domingo, 6, para seu segundo mandato. O mandatário já vinha aparecendo com ampla vantagem nas pesquisas de intenção de votos na capital baiana e confirmou o novo mandato ainda no 1º turno.
- Confira no Terra os resultados do primeiro turno das eleições 2024
Aos 47 anos, Bruno Reis comandará a prefeitura da capital baiana por mais quatro anos, após conquistar 1.045.690 votos. Kleber Rosa (PSOL) ficou na segunda colocação, com 10,43% dos votos. Geraldo Júnior (MDB), vice-governador da Bahia, ficou em terceiro com 10,33%. Eslane Paixão (UP), com 0,41%, Giovani Damico (PCB), com 0,10%, Victor Marinho (PSTU), com 0,4%, e Silvano Alves (PCO), com 0,01%, eram os demais candidatos na disputa.
Veja desempenho de todos os candidatos
- Bruno Soares Reis (UNIÃO): 78,67% dos votos válidos (1.045.690 votos)
- Kleber Rosa de Souza (PSOL): 10,43% dos votos válidos (138.610 votos)
- Geraldo Alves Ferreira Júnior (MDB): 10,33% dos votos válidos (137.298 votos)
- Eslane Silva da Paixão (UP): 0,41% dos votos válidos (5.513 votos)
- Giovani Damico (PCB): 0,10% dos votos válidos (1.364 votos)
- Victor Bruno Marinho Pereira (PSTU): 0,04% dos votos válidos (510 votos)
- Silvano Alves de Souza (PCO): 0,01% dos votos válidos (190 votos)
Na véspera da eleição, a pesquisa Quaest mostrou Bruno Reis com 74% dos votos válidos, Geraldo Júnior, 15%, e Kleber Rosa, 10%. A margem de erro se manteve em 3 pontos percentuais. A contagem em votos válidos é a maneira como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulga os resultados das eleições, sem contar os votos nulos e brancos.
Disputa pela capital baiana
O PT se consolidou no poder no governo estadual da Bahia desde as eleições de 2006, mas o cenário é diferente quando a disputa é a prefeitura da capital. Em Salvador, a esquerda não tem tradição de triunfar. Nessas eleições, a aliança de Geraldo Júnior com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parecia ser um grande trunfo para reverter o cenário recente. No entanto, a aposta não surtiu o efeito esperado.
Além de ser pouco conhecido pela população, o histórico de “vira casaca” do atual vice-governador pode ter pesado contra ele. Geraldo Júnior chegou a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ser aliado de ACM Neto (União) no passado. Em uma dança das cadeiras políticas, porém, se aliou ao PT na Bahia para promover a eleição de Jerônimo Rodrigues (PT).
A vitória de Bruno Reis consolida a continuidade do mesmo grupo político no poder. Antes de ser eleito prefeito da capital baiana, ele foi vice-prefeito na gestão bem avaliada de ACM Neto, seu padrinho na política. Com a eleição, já são 16 anos da aliança Reis e Neto à frente da capital baiana.
Reis termina o primeiro mandato com 67% de avaliação positiva, segundo pesquisa da Quaest de setembro. Seu antecessor terminou a segunda gestão, em 2020, com 74% de aprovação, de acordo com pesquisa Ibope.
Quem é Bruno Reis
Formado em Direito, Bruno Reis tem 47 anos e uma relação com a política desde muito jovem. Seu vínculo com ACM Neto começou em 2000, quando Bruno atuou como assessor do então deputado federal, até 2010.
Depois, Bruno foi eleito deputado estadual e cumpriu o mandato de 2011 a 2015 pelo Partido Republicano Progressista (PRP). Ele chegou a ser reeleito para o cargo pelo PMDB, mas licenciou-se de 2015 a 2016 para assumir a posição de Secretário Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza na primeira gestão de Neto.
Na segunda gestão, Bruno foi convidado a assumir o posto de vice-prefeito. Ele conta que esperava ser alçado a prefeito em 2018, quando havia expectativa de que ACM Neto deixasse a posição para disputar o governo do estado, o que não ocorreu.
Bruno chegou ao cargo de prefeito ao ser eleito em 2020, numa disputa também nada acirrada com a candidata Major Denice, do PT. Na ocasião, o candidato do então Democratas (DEM) recebeu 64,20% dos votos e a segunda colocada, 18,86%.