Barroso ameaça suspender Telegram no Brasil: "Não é casa da sogra"

Presidente do TSE diz que plataforma é relevante no processo eleitoral e deve estar sujeita à legislação brasileira

13 fev 2022 - 16h49
(atualizado às 16h55)
Ministro Roberto Barroso participa de sessão do Supremo Tribunal Federal
07/03/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro Roberto Barroso participa de sessão do Supremo Tribunal Federal 07/03/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Em entrevista para o GLOBO, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso voltou a discutir a possível suspensão do Telegram no País. No início do mês, em entrevista ao Estadão, Barroso chegou a afirmar que não gosta da ideia de banir uma plataforma, contudo, o aplicativo tem ignorado tentativas de diálogo feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que busca um trabalho em conjunto no combate à desinformação durante as eleições de 2022.

"Eu penso que uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deva ser simplesmente suspensa", afirmou.

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Outras redes sociais, como Facebook, WhatsApp e TikTok já fizeram parceria com o TSE nas eleições municipais de 2020, com o objetivo de conter redes de desinformação. Portanto, a recusa do Telegram de cooperar com a Justiça brasileira pode acabar causando sua suspensão no País.

"Nenhum ator relevante no processo eleitoral pode atuar no País sem que esteja sujeito à legislação e a determinações da Justiça brasileira", declarou Barroso.

Para o ministro, o Brasil "não é casa da sogra" e não deve suportar um aplicativo que seja sede para ataques à democracia, ou faça apologia ao nazismo, ao terrorismo e possibilite a venda de armas.

Barroso é presidente do Tribunal Superior Eleitoral até dia 22 de fevereiro, quando deve passar o cargo para o ministro Edson Fachin.

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