Registros de equipes de reportagens mostram o desrespeito de manifestantes contra jornalistas durante atos golpistas em Porto Alegre (RS), realizados na quarta-feira, 2.
Em um dos casos, um homem foi preso após agredir uma equipe da TV Bandeirantes, que cobria um protesto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado das eleições, que deram vitória para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a equipe, o agressor deu socos nos funcionários da emissora e chegou a quebrar a câmera.
Em nota, a TV Bandeirantes disse que "é inaceitável qualquer tipo de violência, assim como o cerceamento ao exercício do trabalho jornalístico", que está prestando apoio à equipe agredida e que registrou boletim de ocorrência sobre o caso.
Outro caso de agressão também marcou os protestos golpistas em Porto Alegre. Uma equipe de jornalismo, desta vez do SBT, foi hostilizada e precisou ser escoltado por policiais.
AMEAÇADOS| O repórter Lucas Abati e o cinegrafista Cristiano Mazoni foram hostilizados por manifestantes, nesta quarta-feira, na região central de Porto Alegre. Os profissionais estavam ao vivo no SBT Rio Grande, quando foram cercados e obrigados a sair do local. pic.twitter.com/oPxUJ4vNca
— SBT RS (@sbtrs) November 2, 2022
Ambos os casos foram mencionados pelo governador reeleito Eduardo Leite (PSDB), que repudiou a violência. "Ataques à imprensa são atentados contra a democracia", ressaltou.
Ataques à imprensa são atentados contra a democracia. Os episódios de hj em P.Alegre contra as equipes da @bandrs e do @sbtrs , cometidos por quem se recusa a aceitar o resultado das urnas, são inaceitáveis e devem ser repudiados por todos. Minha solidariedade aos profissionais.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) November 2, 2022