Jair Bolsonaro (PL) negou a possibilidade, em caso de reeleição, de enviar ao Congresso um projeto de lei que estabeleça novas regras e até impeça presidentes de comandarem o País por dois mandatos consecutivos. Em 2018, essa foi uma de suas promessas de campanha.
O presidente e candidato à reeleição esteve presente na sabatina realizada por Terra, Estadão/Rádio Eldorado, SBT, CNN, Veja e Rádio Nova Brasil nesta sexta-feira, 21. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foi convidado para o que seria um debate entre os presidenciáveis, mas recusou alegando incompatibilidade com a agenda de campanha.
O jornalista Diego Amorim, da Rádio Nova Brasil, relembrou uma frase dita durante a campanha eleitoral há quatro anos. "Pretendo fazer uma excelente reforma política para acabar com o instituto da reeleição. No caso, começa comigo se eu for eleito", disse o atual presidente à época. No entanto, hoje, Bolsonaro tenta a reeleição.
O candidato justificou a decisão contraditória de tentar o novo pleito como sendo o "único" candidato da direita no Brasil com poder de eleição. "O que me fez mudar de ideia foi o quadro oposto para disputar uma eleição minha. Não tínhamos um nome, um perfil parecido com o meu. Estaríamos entregando o Brasil para o PT, o PDT ou o PSB. Seria a volta da esquerda", declarou.
Ele disse, ainda, que cinco anos sem reeleição seriam "muito bem-vindos", mas que não poderia "tocar em um vespeiro", se referindo ao Congresso, quando precisa de apoio para aprovar "pautas mais importantes", indicando que perderia apoio do parlamento caso tentasse seguir adiante com a proposta.