Bolsonaro saiu do Brasil após eleições para evitar prisão, diz PF

26 nov 2024 - 20h49
(atualizado às 20h55)

A Polícia Federal (PF) trouxe à tona detalhes significativos a respeito da saída do ex-presidente Jair Bolsonaro do Brasil no final de 2022. A investigação, tornada pública nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes, revela que Bolsonaro deixou o país para evitar uma prisão potencial e aguardar o desenvolvimento dos eventos ligados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Este período coincide com os últimos dias de seu mandato, quando ele viajou para os Estados Unidos e retornou em março de 2023.

Foto: Reprodução/Agência Brasil / Perfil Brasil

O relatório, que levou ao indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas, traz acusações de tentativa de golpe de Estado e de ações contra o Estado Democrático de Direito. Além dos planos de assassinato de Lula, Moraes e Alckmin, foi revelada também a existência de um plano de fuga traçado em 2021. A ideia seria proteger Bolsonaro caso ações contra o Judiciário e o regime democrático falhassem, colocando sua liberdade em risco.

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Como foi descoberto o plano de fuga de Jair Bolsonaro?

Durante a investigação, a Polícia Federal encontrou evidências substanciais no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Havia uma apresentação de PowerPoint que detalhava estratégias para criar uma rede de auxílio à fuga e evasão. Essas estratégias estariam em vigor caso o ex-presidente decidisse ignorar as decisões do STF. O plano não apenas vislumbrava a fuga de Bolsonaro, mas também mencionava o uso de armamento para garantir esse êxito.

Quais foram as motivações para a implementação do plano?

A intenção original por trás do plano de fuga, criado em 2021, era proteger Bolsonaro em circunstâncias desfavoráveis a ele. Contudo, com a falha na implementação de um golpe de Estado em 2022, o plano foi adaptado para atender ao novo cenário político. Conforme descrito no relatório da PF, a organização criminosa associada a Bolsonaro foi obrigada a reconsiderar suas estratégias devido à falta de apoio das Forças Armadas na ruptura institucional planejada.

Qual foi a resposta de Jair Bolsonaro às acusações?

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou, em coletiva de imprensa, que nunca participou de discussões sobre um golpe e que todas as ações de seu governo foram conduzidas dentro dos limites constitucionais. A defesa de Bolsonaro tem sido buscada para um posicionamento oficial. Enquanto isso, a investigação e as revelações do relatório continuam a gerar debates sobre a crise política e institucional no Brasil.

Implicações do relatório da Polícia Federal

O indiciamento de Bolsonaro e outros acusados levanta questões significativas a respeito da estabilidade democrática no país. O envolvimento de indivíduos em cargos de alto escalão e a menção de um plano detalhado de fuga indicam a gravidade da situação. À medida que mais informações são reveladas, o foco permanece no impacto potencial destas ações e nas medidas legais subsequentes que podem ser implementadas para garantir a segurança e a democracia no Brasil.

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