O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, avaliou sua participação no último debate antes do segundo turno das eleições 2024 e aproveitou para criticar a postura de seu adversário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), além de comentar sua participação, mais cedo, na sabatina promovida por Pablo Marçal (PRTB).
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Após o evento realizado pela TV Globo, o psolista voltou a se colocar como o representante da 'mudança' na capital paulista a dois dias da eleição.
"Eu acho que o debate permitiu, a dois dias da eleição, que o povo de São Paulo possa comparar os candidatos. De um lado, um candidato que teve a chance e não fez. Um candidato envolvido em uma série de suspeitas graves, de ligação com o crime organizado, de esquemas de corrupção, e que não conseguiu responder nenhuma no debate. Fugiu de uma maneira muito constrangedora. Do outro lado, alguém que representa mudança. Uma mudança para melhor, uma mudança com responsabilidade", disse Boulos.
Na entrevista coletiva, o deputado federal criticou, mais uma vez, a postura do adversário ao ser questionado sobre um 'desafio' proposto a Nunes para que ambos abrissem mão de seus sigilos bancários: "Eu não teria nenhum problema em fazê-lo. O desafio que eu ao meu adversário, é para que, justamente, ele pudesse fazê-lo. E foi um desafio em resposta a quem acusou-me de não trabalhar."
"Aliás, é muito curioso. Vocês veem a postura do meu adversário? É uma postura, e sobretudo nos debates, agressiva, atacando muitas vezes com mentiras. Digo a vocês, nós vamos ter uma surpresa nas urnas no próximo domingo. Muitos de vocês e muitos institutos vão se surpreender com o resultado que vai sair das urnas. Aliás, o desespero do nosso adversário prenuncia isso", declarou Boulos.
O psolista ainda foi questionado sobre sua participação em uma sabatina promovida pelo influenciador e terceiro colocado na disputa eleitoral em São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). O ex-coach convidou tanto Boulos quanto Nunes, mas o atual prefeito não participou da transmissão.
"Pablo Marçal, com quem eu topei participar de um diálogo hoje, teve 1.700.000 votos. Eu vou ganhar essa eleição, vou ser o prefeito de todos os paulistanos, inclusive dos eleitores do Pablo Marçal. Então é razoável, atendendo a um convite dele, ir dialogar com esses eleitores de maneira direta no espaço das redes sociais dele. E acredito que pude derrubar preconceitos e falar sobre as minhas propostas", destacou o candidato.
Boulos, por fim, foi questionado sobre acusações que teria feito contra Nunes e materiais contra o atual prefeito que, supostamente, divulgaria em suas redes sociais. "Já apareceram algumas delas publicamente no nosso programa de televisão. E outras delas seguem aparecendo. As denúncias de relação do crime organizado com a prefeitura de São Paulo são graves", explicou.
"Me preocupa inclusive a normalização disso por parte da imprensa. Nós estamos falando da gestão da maior cidade do Brasil, em que o crime organizado entrou no transporte público, entrou em milícia dentro da Guarda Civil Metropolitana, tem inquérito da Polícia Civil relacionando o PCC à máfia das creches, em que o cunhado do criminoso mais famoso do Brasil é chefe de gabinete e cuida de obras emergenciais. É grave o que está acontecendo. Isso não pode ser normalizado. Por mim não será", completou.