Boulos diz que vai processar Marçal por acusação usando homônimo

Empresário vem acusando o candidato do PSOL de usar drogas desde os primeiros debates

29 ago 2024 - 17h53
(atualizado às 18h08)

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que pretende entra com uma ação contra o rival Pablo Marçal (PRTB) por utilizar um processo de 2001 envolvendo um homônimo para acusá-lo de usar drogas.

Guilherme Boulos afirma que vai processar Marçal após acusações falsas
Guilherme Boulos afirma que vai processar Marçal após acusações falsas
Foto: Reprodução/Câmera dos Deputados / Perfil Brasil

A apuração foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo na quarta-feira (28). De acordo com a investigação, o processo, que trata da posse de drogas para consumo pessoal, é de 2001 e se refere a Guilherme Bardauil Boulos ao invés de Guilherme Castro Boulos, candidato do PSOL. O processo seria a base das acusações de Marçal contra o candidato.

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Coincidentemente, Bardauil Boulos também participa das eleições municipais de São Paulo, mas como candidato a vereador pelo Solidariedade.

O psolista afirmou que irá incorporar o aspecto jurídico do caso. "Eu acho que essa reportagem da Folha traz mais um elemento de como é que se fabricou a fake news. Como é que a máquina de fake news fez a malandragem para inventar uma mentira", disse na quarta, após ser questionado por jornalistas.

Guilherme Castro Boulos também se manifestou nas redes sociais. "Vocês viram que há dias ele tem me atacado com uma mentira sobre uso de drogas. Já ganhei sete direitos de resposta nas redes sociais e ele não parou. Mas, hoje, a matéria da Folha mostrou qual é a base da fake news que ele inventou", escreveu.

O professor ainda acrescentou que o intuito de Marçal era criar confusão nas pessoas. "Por isso ele queria jogar isso no último debate, lá na frente, pois estaria perto das eleições e não daria tempo de ele desmentir. É muita baixaria. É muito vergonhoso. Mas a verdade prevaleceu", disse Boulos.

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Quem é Bardauil Boulos?

O homônimo é candidato a vereador em São Paulo pelo Solidariedade. Em uma entrevista à CNN, comentou o caso. "Não fui preso, apenas assinei um termo", disse. O candidato também descreveu o episódio como um ato imprudente ocorrido na época da faculdade, por porte de maconha. Hoje, ele diz ter uma esposa, dois filhos e uma empresa de transporte executivo da qual tem muito orgulho.

De acordo com Bardauil, Marçal ainda não conversou com ele sobre o assunto.

O que diz Pablo Marçal?

Já o empresário, autor das acusações, disse que não leu as reportagens sobre o caso. "Eu não acompanho matérias. Não entendi de onde tiraram isso, mas se alguém quer fazer defesa do Guilherme [Boulos], coloca ele para fazer exame toxicológico, vamos colocar os candidatos para descobrir quais são os dois usuários. Ser usuário não é crime, não sei porque estão apavorados. Se quer fazer a defesa correta, mostra a contraprova, não adianta pedir agora", disse Marçal.

O coach continuou a insistir que tinha o caso nas mãos, e que iria mostrá-lo "na hora certa". Pablo chegou a mencionar algumas vezes que mostraria as provas no último debate, marcado para 3 de outubro, três dias antes da votação do primeiro turno.

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