'Boulos me pediu para votar por ele', diz Erundina

Candidata a vice conversou com o candidato do PSOL, que está com covid-19 e está isolado em casa

29 nov 2020 - 11h53
(atualizado às 11h59)

A candidata a vice-prefeita pelo PSOL, Luiza Erundina, votou por volta das 10h no bairro de Mirandópolis, na zona sul de São Paulo. Erundina disse que conversou com o candidato Guilherme Boulos (PSOL) na manhã deste domingo, 29, e que ele pediu à companheira de chapa: "vote por mim".

Candidata à vice-prefeita Luiza Erundina (PSOL), comparece para votar na Escola Rui Bloen em São Paulo
Candidata à vice-prefeita Luiza Erundina (PSOL), comparece para votar na Escola Rui Bloen em São Paulo
Foto: Ronaldo Silva / Futura Press

Boulos está recolhido em casa desde que recebeu o diagnóstico positivo da covid-19, na última sexta-feira, 27. Erundina disse que qualquer resultado já representa uma vitória para o PSOL, mas afirmou estar confiante da vitória e lembrou sua própria eleição à Prefeitura, em 1988, quando não era favorita ao cargo.

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"'Vote por mim', ele me disse. Ele está feliz, alegre", afirmou a vice. Erundina assumiu os compromissos no último dia de campanha no lugar do candidato, numa carreata que foi do Campo Limpo à Avenida Paulista. "A coordenação da campanha pediu que eu fosse no lugar dele, dar o recado que ele mandou, que fizesse por ele como se fosse o próprio candidato."

A passagem da candidata a vice, que tem 85 anos, foi acompanhada por uma aglomeração de jornalistas do portão à seção eleitoral, apesar dos apelos de membros da organização da campanha, de eleitores que passavam no local e algumas pessoas da imprensa.

Várias pessoas que votam no colégio reclamaram quando viram o grupo de jornalistas ao redor da candidata. Erundina tem recebido atenção especial contra o coronavírus durante a campanha e desfilado numa espécie de "papamóvel", uma caminhonete adaptada com cabine de acrílico para evitar contato com o público. Questionada, Erundina criticou a condução de governos na pandemia, mas disse que a campanha do PSOL teria sido responsável.

"Houve muito descuido, inclusive porque os governantes que precisavam dar o exemplo lamentavelmente desestimularam essas medidas protetivas", disse. "Ele (Boulos) sempre foi muito preocupado que as pessoas não ficassem muito juntas."

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