Cabral desiste do Senado e dá lugar a César Maia em aliança

Ex-governador anunciou oficialmente nas redes sociais que abdicou da candidatura ao Senado por uma "aliança que tem por objetivo garantir as conquistas sociais e econômicas que seu governo promoveu nos últimos sete anos e seis meses"

23 jun 2014 - 10h28
(atualizado às 17h37)
<p>Cabral fez o anúncio nesta segunda-feira, por meio de sua conta no Facebook</p>
Cabral fez o anúncio nesta segunda-feira, por meio de sua conta no Facebook
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Agora é mais do que oficial. O ex-governador Sérgio Cabral desistiu de sua candidatura ao Senado, pelo Rio de Janeiro, ao anunciar em suas contas nas redes sociais que iria concluir “uma aliança que tem por objetivo garantir as conquistas sociais e econômicas” que, segundo ele, seu governo promoveu “nos últimos sete anos e seis meses". Tal aliança trata-se de uma coligação com PSDB e DEM - desta forma, o ex-prefeito César Maia será o candidato a senador. 

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O anúncio oficial desta nova aliança ocorreu na manhã desta segunda-feira, num hotel no centro do Rio de Janeiro, do qual participarão o atual governador e candidato a mais quatro anos de mandato, Luiz Fernando Pezão e o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani.

"A candidatura do governador Pezão tem a segurança da sua continuidade e as condições para trazer mais avanços à vida da população", complementou ainda o ex-governador, que deve agora coordenar a campanha do seu ex-vice-governador.

Para Picciani, mesmo sem uma candidatura, Cabral permanecerá como nome forte no partido. "Ninguém usurpará do Sérgio Cabral o elo maior, o verdadeiro, para estabelecer parcerias, tanto no plano federal como com todos os prefeito", disse.

"Parceria é algo que está na alma do Sérgio Cabral, e numa demonstração de apreço ao Rio de Janeiro quando ele abre mão de sua candidatura ao Senado. É uma força nova para que possamos ainda no primeiro turno vencer para governador no primeiro turno, e eleger o nosso senador", completou o presidente estadual do partido.

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A aliança entre DEM e PMDB, dentro de uma rede de acordos que envolveu ainda uma aproximação com o PSDB no que já vem sendo chamado de "Aezão", em função de parte dos peemedebistas apoiarem agora o candidato tucano à presidência da República, é uma resposta direta a uma outra controversa aliança formada no final da semana passada.

Lançar César Maia ao Senado é a resposta da cúpula do governo contra a união entre PT e PSB no cenário fluminense - com o senador petista Lindbergh Farias como candidato a governador e o deputado federal socialista Romário oficializando que está postulando uma vaga como senador. O acordo foi sacramentado na última sexta-feira.

Desta forma, a aliança maciça construída por Pezão garantirá mais de oito minutos de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, contra cinco minutos e meio da chapa petista-socialista. Sem acordos e isolados, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRTB-RJ), terão poucos minutos, juntos, para convencer os eleitores de suas propostas.

Em resposta a esta aliança construída de última hora, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes soltou uma nota oficial para a imprensa na qual contestou o acordo que chamou de "bacanal eleitoral". Paes é inimigo político de César Maia.

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Picciani criticou a “ambição” do PT, que acabou com a parceria com seu partido no Estado. “Quem acabou com a parceria foi a ambição do PT de querer ter um projeto hegemônico no Estado", disse. 

Garotinho lidera a última pesquisa Ibope/Firjan realizada na semana passada com 18% das intenções de voto, contra 16% de Crivella. Pezão vem logo atrás com 13%, enquanto Lindbergh possui 11%. Com margem de erro de três pontos, tanto Garotinho e Crivella, quanto Lindbergh e Pezão estão tecnicamente empatados.

 
Fonte: Terra
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