A campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo que disputa o segundo turno com Ricardo Nunes (MDB), marcou uma agenda de rua na manhã desta segunda-feira, 7 -- dentro de um horário ainda proibido para pedir votos, de acordo com a legislação eleitoral -- e precisou cancelar em cima da hora.
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Boulos faria uma caminhada pelo comércio no bairro República, no centro da capital paulista, às 11h45, poucas horas após seguir para o segundo turno em São Paulo. No entanto, próximo ao horário, quando a imprensa, inclusive a reportagem do Terra, e alguns apoiadores com bandeiras já estavam no local para acompanhar, a agenda foi cancelada.
Um novo evento com o psolista foi marcado para o fim da tarde desta segunda-feira. Às 16h, Boulos fará uma coletiva de imprensa com parlamentares e lideranças partidárias em um hotel no bairro Consolação, na capital paulista.
Questionada pela reportagem, a assessoria de Boulos informou que "a agenda foi cancelada justamente por orientação jurídica para seguir as regras da justiça eleitoral".
O candidato do PSOL disputará o segundo turno das eleições na cidade de São Paulo com o atual prefeito, Ricardo Nunes. O pleito será realizado no próximo dia 27.
O que diz a legislação
Segundo a legislação eleitoral, deve ser aguardado o período de 24 horas após o encerramento do primeiro turno para que os postulantes possam fazer campanha.
O Código Eleitoral brasileiro diz que, entre o encerramento da votação e às 17 horas do dia seguinte os candidatos, os partidos, as federações e coligações participantes do segundo turno não podem fazer distribuição de material gráfico, caminhadas, carreatas ou passeatas. Também são vetados alto-falantes, amplificadores de som e aparelhagem de sonorização fixa.
A única exceção é o comício de encerramento de campanha, que pode ser prorrogado por até duas horas dentro do prazo estipulado. (*Com informações do Estadão Conteúdo).