Freixo e Crivella fazem debate tenso no Rio de Janeiro

19 out 2016 - 07h41
(atualizado às 07h42)
O debate entre Marcelo Crivella e Marcelo Freixo foi marcado por tensão entre os dois, que se atacaram com perguntas e insinuações
O debate entre Marcelo Crivella e Marcelo Freixo foi marcado por tensão entre os dois, que se atacaram com perguntas e insinuações
Foto: Agência Brasil

Os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol), fizeram, na noite dessa terça-feira (18), o segundo debate eleitoral, transmitido, a partir das 22h30, pela Rede TV, em parceria com a revista Veja, o portal UOL e o Facebook. O debate durou uma hora e meia e foi marcado por tensão entre os dois, que se atacaram com perguntas e insinuações.

A primeira pergunta coube a Freixo, que questionou Crivella sobre um livro por ele escrito, anos atrás, no qual classificava católicos e homossexuais de forma pejorativa. Crivella respondeu a pergunta dizendo que havia escrito a obra quando ainda era muito jovem e depois perguntou a Freixo sobre os black blocs, que seriam influenciados por ele.

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Na sua vez de perguntar, Crivella questionou sobre a intenção de Freixo de rever os valores dos imóveis para atualização do IPTU. O candidato do Psol respondeu que não há nenhuma ideia de aumentar impostos e disse que o partido de Crivella, o PRB, votou pela aprovação da PEC 241 [aprovada em primeira votação no Congresso], que tiraria verbas da saúde e da educação.

Milicianos

Freixo perguntou sobre a questão da zona oeste, região controlada por milicianos que abriram votos para Crivella, em gravação divulgada na internet. O candidato do PRB negou que tenha apoio da milícia e disse que não poderia controlar o voto dos eleitores. Freixo rebateu e disse que Crivella estava perdendo o controle pessoal e o candidato do PRB chamou Freixo de covarde.

Crivella perguntou sobre tráfico de drogas e como Freixo usaria a Guarda Municipal. O candidato do PSOL respondeu que fará um mapa da violência por bairros, distribuindo os guardas, segundo as necessidades, para reprimir o crime.

Freixo ressaltou que Crivella estava trazendo para sua campanha o ex-secretário municipal Rodrigo Bethlem, acusado por corrupção. Crivella rebateu e perguntou onde estaria o dinheiro enviado à família do pedreiro Amarildo, sugerindo que parte da verba teria sido desviada. Freixo disse que faltava ética ao candidato do PRB.

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Perguntas de jornalistas

No segundo bloco, os candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas. Crivella foi perguntado se costumava trocar de convicções frequentemente, respondendo que não, que poderia trocar de opinião segundo a idade. Crivella, que foi ministro da ex-presidenta Dilma Rousseff, justificou seu voto pelo impeachment dizendo que não poderia ser cúmplice.

Freixo foi perguntado como seria, se eleito, sua relação com os governos federal e estadual, dos quais é oposição. O candidato do PSOL disse que, como prefeito, terá relações republicanas para garantir os interesses da cidade e que, para isso, bastava ter dignidade política.

Crivella foi perguntado sobre sua relação com o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR). O candidato negou que tenha aliança politica com Garotinho, apesar de seu vice ter sido indicado pelo ex-governador. Ele disse que não havia qualquer chance de influência de Garotinho, pois ele não participaria de seu governo.

No último bloco, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelo Facebook e fizeram suas considerações finais, pedindo o voto aos eleitores.

Agência Brasil
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