Candidatos de SP têm debate sem tumulto; veja resumo

Principais temas abordados foram segurança pública, educação e violência doméstica

20 set 2024 - 13h59
Foto: divulgação/SBT / Perfil Brasil

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo desta sexta-feira (20) foi marcado por um tom de propostas, com poucos ataques e sem gritaria. O encontro foi realizado pelo SBT, portal Terra e Rádio Nova Brasil.

Os candidatos que lideram as pesquisas participaram do evento. São eles: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo).

Isolamento no debate

No primeiro bloco, em que os candidatos faziam as perguntas entre si, Marçal foi o último a ser escolhido - ele apareceu 23 minutos depois do início da transmissão. Durante sua reposta, o empresário abordou seus eleitores, afirmando que terá postura de governante após mostrar sua pior versão nos outros debates.

"Eu quero pedir perdão pra todo eleitor paulistano, que a minha tentativa até o último debate, a campanha começa pra valer agora, foi expor o caráter de cada um, de alguém que precisa de internação psiquiátrica, de outro que tem um perfil ditatorial, de alguém que tem boletim de ocorrência em relação a violência doméstica, de alguém que demonstra, você viu. Não adianta ouvir propostas de 10 candidatos sendo que eles não são viáveis emocionalmente, espiritualmente, fisicamente", disse.

"Só pra vocês perceberem que em todos os debates eu nunca fui o palhaço, eu sempre respondi os palhaços. A Tabata, que parece a moça mais comportada de todas, ela acabou de ceder esse espaço. A grande verdade é que alguém escrever sua proposta ou chamar um marqueteiro pra fazer você ficar parecendo Lulinha paz e amor não vai convencer ninguém, as pessoas querem saber a sua pior versão e a sua melhor. A minha pior eu já mostrei nos debates. A partir de agora você vai ver alguém que tem postura de governante, que de fato gerou riqueza, gerou mais empregos".

Principais temas

Alguns temas foram recorrentes durante o confronto: segurança pública, mudanças climáticas, saúde e violência contra a mulher.

Marçal, por sua vez, deixou de lado os apelidos pejorativos com os adversários. Em encontros anteriores, havia chamado o atual prefeito de "bananinha". Nesta sexta-feira, voltou a mencionar algumas polêmicas do prefeito, mas não desencadeou em gritaria. Ele disse que Nunes "tem um BO em relação a briga de família, violência doméstica, e está envolvido com mais de 100 pessoas na máfia da creche na Polícia Federal".

A subida de tom aconteceu no terceiro bloco, enquanto respondia uma pergunta de Tabata sobre violência doméstica. O autodenominado ex-coach afirmou que havia dois agressores no debate, mas que não citou nomes. Nunes e Datena pediram direito de resposta.

Apesar de algumas intervenções concedidas pela equipe do debate, o evento não teve o mesmo clima tenso que os anteriores. Ao todo, foram seis pedidos de resposta.

As eleições municipais acontecem no dia 6 de outubro. Até lá, os candidatos se encontram na TV Record em 28 de setembro, na Folha no dia 30, e na TV Globo em 3 de outubro.

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