Caso Celso Daniel: relembre evento citado por Bolsonaro

O presidente abriu a pergunta lembrando que o caso voltou à tona pela vice de Tebet, Mara Gabrilli; Tebet: 'pergunte ao Lula'

29 set 2022 - 23h25
(atualizado em 30/9/2022 às 03h09)
Tebet para Bolsonaro: 'Falta ao senhor coragem'
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O candidato Jair Bolsonaro (PL) trouxe ao debate promovido pela Rede Globo a morte do então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro de 2002. O caso voltou à tona depois de uma entrevista da candidata a vice na chapa de Tebet (MDB), Mara Gabrilli (PSDB), à TV Jovem Pan, em que atribui a morte de Celso ao ex-presidente Lula (PT).

Tebet não entrou na discussão e pediu para que Bolsonaro fizesse a pergunta ao próprio Lula, presente ao debate. "Candidato, pergunte ao Lula. Vamos tratar das questões do Brasil”.

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Lula, que teve direito de resposta, foi mais direto. "Não é possível conviver com alguém tão cara de pau. Celso Daniel era meu amigo, um excelente gestor público. Ele seria o coordenador do meu programa de governo em 2002. Eu fui procurar o Fernando Henrique para colocar a Polícia Federal no caso. Pare de mentir que o povo não suporta mais".

Bolsonaro (PL) perguntou a Tebet sobre caso Celso Daniel
Bolsonaro (PL) perguntou a Tebet sobre caso Celso Daniel
Foto: Reprodução/TV Globo

A morte de Celso Daniel

Então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT) foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002, quando saía de um jantar. O empresário e amigo Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, estava no carro com ele quando o prefeito foi rendido. 

O político foi levado para um cativeiro na favela Pantanal, em Diadema (Grande ABC), e, depois, para uma chácara em Juquitiba, a 78 km de São Paulo, sendo assassinado a tiros dois dias depois. 

Na época, o inquérito policial concluiu que Celso Daniel teria sido sequestrado por engano e acabou morto por uma confusão nas ordens do chefe da quadrilha. Mas a família solicitou a reabertura das investigações ao Ministério Público (MP).

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As novas averiguações apontaram que a morte de Celso Daniel foi premeditada. As contradições entre as declarações de Sombra e as perícias feitas pela polícia lançaram suspeitas sobre o amigo do então prefeito. 

Ele havia dito que houve problemas nas travas elétricas do carro em que os dois estavam - que era blindado, que houve tiroteio com os bandidos e que o carro morreu. A perícia da polícia desmentiu todas as alegações. O processo contra sombra foi anulado no Supremo Tribunal Federal em 2014 e dois anos depois ele morreu.

Fonte: Redação Terra
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