O deputado estadual Camilo Santana (PT), ex-secretário das Cidades do Estado, é o candidato oficial do Palácio da Abolição para as eleições de 2014 do Ceará. A decisão foi anunciada, na manhã deste domingo (29), durante convenção do Partido Republicano da Ordem Social (Pros). “Essa eleição vai ser um jogo nervoso. Nossos adversários não jogam na bola. Jogam na canela”, comentou o governador Cid Gomes, durante seu discurso no palanque.
Os nomes indicados para a composição da chapa majoritária nas vagas de vice-governador e Senador só serão divulgadas amanhã. Para Ciro Gomes, secretário de Saúde do Estado e irmão do governador, Camilo Santana vem para “aprofundar a mudança” que atual governo fez no Ceará. “A nossa luta não será fácil”, afirmou.
Com a candidatura de Camilo, o vice-presidente do PT nacional, deputado federal José Guimarães, abdica da vaga ao Senado para compor a aliança com o Pros. O deputado segue nestas eleições fortalecendo o palanque de Dilma Rousseff no Ceará. “Essa é uma alternativa legítima. Vamos ganhar a eleição, com Dilma presidente. No Estado será disputado voto a voto. Vamos para a guerra democrática”, declarou.
Cid Gomes
Após ter desmaiado no último domingo (22), durante convenção do PDT, em Fortaleza, o governador negou estar com problemas de saúde e discursou sentando no palanque. “Eu não tenho nada de grave no coração, nem na cabeça. Nasci com um defeito: se eu fico muito tenso, muito tempo em pé, falta o sangue na cabeça”, justificou.
O candidato
Camilo é servidor público estadual e já concorreu à prefeitura da cidade de Barbalha (2000 e 2004), no Sul do Estado. Em 2006 ajudou a coordenar, no Cariri, a campanha que elegeu Cid Gomes governador do Ceará. Em 2010 foi o deputado estadual mais votado do Ceará, recebendo 131.171 votos no Estado. O candidato é filho de Eudoro Santana, atual secretário do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor).
Em 2013, teve seus bens bloqueados após ter tido seu nome envolvido em uma ação que investigou um suposto esquema de desvio milionário de verba, que deveria ter sido aplicada na construção de banheiros para a população de baixa renda da Região Metropolitana de Fortaleza. O episódio ficou conhecido como Escândalo dos Banheiros Fantasmas.