Chile condena acusação de Bolsonaro contra o presidente Boric

Ministra Antonia Urrejola, das Relações Exteriores do Chile, afirmou que são falsas as acusações feitas por Bolsonaro durante debate da Band

29 ago 2022 - 15h41
(atualizado às 16h12)
Antonia Urrejola é ministra das Relações Exteriores do Chile
Antonia Urrejola é ministra das Relações Exteriores do Chile
Foto: Reprodução/ minrel.gob.cl

O Ministério das Relações Exteriores do Chile reagiu às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente chileno Gabriel Boric. Durante a participação no debate promovido pela Rede Bandeirantes, Bolsonaro acusou Boric de "queimar o metrô" nos protestos de 2019.

"Consideramos essas acusações gravíssimas. Obviamente, são absolutamente falsas e lamentamos que em um contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio da desinformação e das notícias falsas", disse nesta segunda-feira, 29, Antonia Urrejola, ministra responsável pela pasta.

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Segundo o jornal chileno La Tercera, Urrejola afirmou que os chilenos estão convictos de que não é assim que se faz política, ainda mais quando se trata de dois chefes de Estado eleitos democraticamente. Mesmo com as diferenças ideológicas, observou a ministra, deveria existir uma relação de respeito.

O comunicado, disponível no site do Ministério das Relações Exteriores chileno, afirma que o presidente Boric já declarou publicamente as diferenças que o separam do presidente Bolsonaro, mas também destaca a importância de manter boas relações entre os Estados do Brasil e do Chile.

O comunicado ainda reafirma que o presidente do Chile, Gabriel Boric, já manifestou as diferenças que tem com o presidente do Brasil
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"Além dessas infelizes declarações, o Governo do Chile expressa sua convicção de que nosso país e o Brasil têm não apenas uma história comum, mas também enormes desafios a enfrentar de forma colaborativa, razão pela qual espera continuar fortalecendo os laços permanentes de amizade e cooperação entre nossos países", diz o comunicado.

Fonte: Redação Terra
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