Collor confirma pré-candidatura à Presidência da República

6 fev 2018 - 15h23
(atualizado às 15h55)
Collor faz discurso no Senado
 30/8/2016    REUTERS/Adriano Machado
Collor faz discurso no Senado 30/8/2016 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Um dos primeiros a discursar no retorno dos trabalhos no Congresso, o senador Fernando Collor (PTC-AL) confirmou nesta terça-feira sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em pronunciamento na tribuna do Senado.

O ex-presidente da República - Collor governou o país entre 1990 e 1992 - citou o que considerou um "portfólio" de realizações "incontestáveis" e defendeu que o país precisa de estabilidade institucional, de previsibilidade na economia e de segurança jurídica.

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"O que importa agora é olhar adiante... passadas quase três décadas daquela eleição de 1989, o Brasil continua sendo uma obra gigantesca, uma obra que pede tempo de maturação social, clama por estabilidade institucional e que suplica por determinação política", disse o senador, da tribuna.

"Requer ainda, no plano econômico, mais credibilidade, mais previsibilidade, e mais segurança jurídica. Por tudo isso, submeto ao julgamento isento, maduro e democrático da população brasileira minha pré-candidatura à Presidência da República."

Collor afirmou ainda que tem a convicção de qual é o melhor rumo para o país, que segundo ele, passa por um ambiente de "extremismos", "bravatas" e "radicalismos".

O ex-presidente já havia falado da sua pré-candidatura no fim de janeiro, em entrevista à rádio 96 FM, de Arapiraca, no interior de Alagoas. Na ocasião, o senador afirmou que se colocaria como pré-candidato para preencher um "vazio" no centro do espectro político do país, mas que a candidatura é uma possibilidade que precisará ser ou não confirmada no futuro.

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Collor foi eleito presidente em 1989, na primeira eleição presidencial direta desde 1960, mas sofreu um processo de impeachment em 1992 que o tirou do cargo em meio a um escândalo de corrupção envolvendo o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, morto anos depois.

Posteriormente, Collor foi absolvido em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma ter sido injustiçado no processo de impeachment.

O senador, que também já foi governador de Alagoas, é réu no STF em uma ação penal ligada à operação Lava Jato, acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Collor afirmou que, como ocorreu no passado, terá a oportunidade de provar sua inocência.

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