O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) reforçou que é contra a vacinação obrigatória em crianças. No entanto, afirmou que vacinou seus filhos. Já o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) relembrou o "deboche" do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia e criticou a decisão de Tarcísio, quando ministro, de mandar cilindros de oxigênio para Manaus (AM) por terra e não por via aérea.
Tarcísio e Haddad participaram, na noite desta quinta-feira, 27, do último debate antes do segundo turno das eleições, promovido pela TV Globo.
Durante o debate, o petista alegou que Tarcísio quer acabar com a vacinação infantil e com a caderneta de vacinação. O candidato do Republicanos afirmou que vacinou seus filhos, mas que não considera necessário obrigar os pais a vacinar as crianças.
Provocado por Haddad, Tarcísio justificou a decisão que tomou como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro sobre o transporte de cilindros de oxigênio para Manaus durante a pandemia. Segundo o ex-ministro, não seria seguro enviar os cilindros por avião, sendo o transporte por estrada mais adequado. "A opção não foi aérea em questão do volume [dos cilindros]. Não seria possível colocar várias carretas num avião", disse.
Haddad então rebateu: "Por que tá em sigilo de cem anos a decisão do Bolsonaro de não levar o oxigênio de avião? Só tem ônibus e balsa para transportar? Ninguém pode acreditar que não é possível levar para Manaus de avião algo para salvar uma vida. Não é verdade [o que Tarcísio diz]".
Haddad também disse que Bolsonaro prejudicou o País durante a pandemia e reforçou a necessidade de vacinação. O petista ainda argumentou que "o presidente e seu governo debocharam do Instituto Butantã".
No primeiro turno, Tarcísio obteve 9,9 milhões de votos (49,45%). Haddad recebeu 8,3 milhões de votos (35,7%).
No segundo turno, pesquisa Ipec divulgada na terça-feira, 25, mostrou Tarcísio com 52% dos votos válidos e Haddad com 48%. O resultado aponta que os candidatos estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.