Da ONU para a Assembleia de São Paulo

Empresário, Heni Ozi Cukier foi para os Estados Unidos, onde formou-se em Filosofia e Ciências Políticas e fez mestrado em resolução de conflitos internacionais

11 out 2018 - 05h11
(atualizado às 14h41)

Não há pergunta de possíveis eleitores sem resposta nas redes sociais de Heni Ozi Cukier, deputado estadual recém-eleito pelo Novo em São Paulo. Esta parece ser uma das fórmulas de sucesso dele no pleito. "Tentei fazer as pessoas gostarem, entenderem e que viessem para perto da política", detalhou ao Estado o professor e cientista político.

O deputado estdual eleito Heni Ozi Cukier (Novo-SP)
O deputado estdual eleito Heni Ozi Cukier (Novo-SP)
Foto: Heni Ozi Cukier/Twitter / Estadão

Até então, Heni declarou um gasto de R$ 100,8 mil na campanha - R$ 70 mil doados por Luis Stuhlberger, maior gestor de fundos do Brasil. Mas, credita os 130.214 votos - menos de R$ 1,3 gasto por eleitor - aos voluntários e à equipe central de campanha, formada por 12 de seus ex-alunos. "Todos jovens que acreditam na política", afirmou o novo parlamentar.

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Aos 23 anos, Heni, então empresário no Brasil, decidiu largar tudo no País para perseguir um sonho: "Mudar o mundo". Via na Organização das Nações Unidas (ONU) esse destino. Seguiu o passo-a-passo: foi para os Estados Unidos, onde formou-se em Filosofia e Ciências Políticas e fez mestrado em resolução de conflitos internacionais. Trabalhava numa ONG que atuava junto à Organização dos Estados Americanos e, depois, junto ao Conselho de Segurança da ONU.

"Mas aí percebi que meu sonho de mudar o mundo não ia se efetivar ali (na ONU). A mudança efetiva não acontece ali. Ela não tem poder, foi criada para não resolver nada, já que os países são soberanos. A ONU não tem autonomia, liberdade, financiamento, não é o governo do mundo, é apenas um fórum de conversa e diálogo", afirmou sobre a experiência.

Após a decepção, decidiu retornar ao Brasil, onde acreditou que poderia fazer a diferença. No País, passou a dar aulas de Relações Internacionais na ESPM, na qual atua há 10 anos, fundou uma consultoria de análise de risco político, e passou a dar palestras sobre o tema.

Com a projeção e conhecimento, foi convidado pelo recém-criado partido Novo para atuar na estratégia de campanha das eleições municipais da sigla em 2016. Logo após, foi chamado para ser Secretário Adjunto de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo. "Era o que eu sabia fazer e aceitei. Lidei com coisas bem difíceis", disse, em referência as ações de combate à Cracolândia.

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Há seis meses, convidado pelo Novo a disputar um cargo eletivo e aprovado no processo seletivo do RenovaBR, Heni decidiu que a mudança que buscava poderia se concretizar na vida pública. No cargo, quer levar para o Estado de São Paulo principalmente projetos voltados para a área de segurança, como as City Câmeras, que consiste na conexão de câmeras privadas aos órgãos de segurança pública, programa que implantou quando era secretário da capital.

3 perguntas para...

1. Por que entrou na política?

Para construir um mundo melhor, ajudar a mudar, melhorar o mundo a sociedade, e achava que o lugar era a ONU, mas aí percebi que não era um lugar de decisão. Decidi voltar para o Brasil para ajudar a construir um mundo melhor, quando decidi que sairia candidato a deputado.

2. Como foi a campanha?

Propositiva, sólida e concreta. Fizemos uma façanha com muito menos dinheiro até que outros candidatos do Novo. Falei muito de segurança com propostas reais, de educação, e pautas do Novo. Minha equipe é composta por 12 ex-alunos, todos jovens que acreditam na política.

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3. Quais são as propostas?

Meu tema central é segurança, não tem uma bala de prata. A ideia é de reforma do sistema carcerário, uso de inteligência e tecnologia, e uso da prevenção.

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