Após agredir o candidato Pablo Marçal (PRTB) em debate ao vivo, neste domingo, 15, José Luiz Datena (PSDB) disse não se arrepender. "Claro que não!", afirmou o apresentador em entrevista para a TV Cultura quando questionado sobre o ataque com uma cadeira ao concorrente pela Prefeitura de São Paulo nas eleições 2024.
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Após a "cadeirada", o tucano foi expulso do debate, que também contou com a presença de Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), além de Marçal --que alegou dores após a agressão e foi para o hospital.
Em conversa com os jornalistas na saída do Teatro B32, onde foi realizado o encontro, na região da Avenida Faria Lima, na capital paulista, Datena (PSDB) afirmou que “perdeu a cabeça” para justificar a agressão depois de ser provocado pelo influenciador.
Segundo o apresentador, a sogra morreu após complicações por três AVCs (Acidente Vascular Cerebral) que aconteceram durante a denúncia de assédio sexual, que sofreu em 2019 e foi levantada por Marçal durante o encontro da noite deste domingo, 15.
"Tive que responder por uma coisa que eu não devia, não devo, e que eu não cometi, jamais cometi, uma barbaridade dessa contra a mulher, em momento nenhum e jamais cometeria. Eu dou minha palavra de honra. A partir do momento que eu me senti agredido ali, eu vi a figura da minha sogra, que, repito, morreu por causa disso, e infelizmente eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não", comentou em entrevista aos jornalistas após ser expulso do debate.
"Poderia ter simplesmente saído do debate e ido embora pra casa, que era muito melhor. Mas, do mesmo jeito que eu choro como uma reação humana, essa foi uma reação humana que eu não pude conter”, completou.
Entenda o caso de agressão
No quarto bloco, por volta das 23h, após pergunta do influenciador sobre quando Datena iria "parar com essa palhaçada", ao fazer referência à sua possível desistência da política, o apresentador saiu de seu púlpito e partiu em direção a Marçal com a cadeira.
Após a interrupção da transmissão, o mediador Leão Serva declarou: "Vivemos agora, nesse intervalo forçado, um dos eventos mais absurdos da história da televisão brasileira". Conforme o mediador, a decisão da emissora foi expulsar o candidato do debate por cometer, sucessivamente, três falhas graves.
Marçal também se retirou, sob justificativa de que estava se sentindo mal. Consultados, os candidatos presentes optaram por continuar no debate.
Anteriormente, o influenciador relembrou a acusação de assédio contra o tucano e afirmou que Datena pagou pelo silêncio da suposta vítima. O apresentador, por sua vez, chamou o Marçal de "ladrãozinho de banco".
Os ataques se iniciaram com a recusa de Datena de fazer uma pergunta ao Marçal. A partir deste momento, a hostilidade entre ambos se intensificou.
