Debate São Paulo: Nunes e Boulos trocam acusações; propostas ficam em 2º plano

Os candidatos abordaram a questão do apagão na capital paulista e outros serviços e concessões públicas, como a gestão dos cemitérios e o abastecimento de água

20 out 2024 - 09h44
(atualizado às 10h08)

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) trocaram acusações em mais um debate do segundo turno entre os candidatos a prefeito de São Paulo. As propostas de governo ficaram relegadas a um segundo plano. O encontro entre os dois candidatos aconteceu nos estúdios da TV Record, na noite de sábado (19).

Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
Foto: Reprodução/TV Record / Perfil Brasil

Nunes e Boulos: direitos de resposta

Ambos os candidatos repetiram as responsabilidades relacionadas ao apagão na capital paulista no último dia 11 de outubro, em função dos ventos. Ao todo foram oito pedidos de direito de resposta (cinco do Nunes e três do Boulos), sendo que cinco deles foram concedidos (três pro Nunes e dois pro Boulos).

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Apagão: Boulos e Nunes se acusam

No recente cenário brasileiro, a questão dos apagões elétricos emergiu como um dos temas centrais de debate entre candidatos em São Paulo. Em uma série de encontros, os candidatos Ricardo Nunes e Guilherme Boulos discutem não apenas suas propostas, mas também se defrontam com acusações mútuas.

Boulos recorreu mais uma vez à responsabilização da Prefeitura de São Paulo em relação à falta de poda de árvores, já que a maior parte da falta de energia ocorre pela queda de galhos e árvores sobre a fiação. Nunes, por sua vez, voltou a culpabilizar a agência federal reguladora das empresas de energia elétrica, Aneel, por não ter quebrado o contrato da Prefeitura com a Enel.

A queda de árvores em decorrência de intempéries, frequentemente citada como causa de interrupções no fornecimento de energia, exemplifica a necessidade de um manejo integrado entre as administrações municipais e as empresas concessionárias. Este exemplo reforça o apelo dos candidatos para que haja mais transparência e responsabilidade compartilhada na gestão dos serviços públicos.

Outras questões presentes no debate

O debate também abordou outros serviços e concessões públicas, como a gestão dos cemitérios e o abastecimento de água. A temática dos serviços funerários foi descrita por Boulos como uma "indústria da morte", criticando os altos preços após concessões. Nunes, por outro lado, argumentou que essas concessões visam reduzir a corrupção.

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A questão do abastecimento de água foi trazida à tona com a privatização da Sabesp, comparando possíveis futuros desafios com os da Enel na eletricidade. Nunes defendeu que a regulação estadual garantiria o cumprimento de contratos, enquanto Boulos alertou para riscos de privatização inadequada. Este aspecto releva a complexidade e a importância de administrar eficazmente recursos essenciais à vida urbana.

Segurança pública

Sobre a segurança na cidade, Nunes elencou medidas que fez como concurso para novos guardas, aumento de salários, Operação Delegada, e o Smart Sampa. "Já são 17 mil câmeras, já prendemos mais 300 pessoas, reconhecemos pessoas desaparecidas". E afirmou que esteve "outro dia na Praça da Sé, era por volta de 22h, as crianças brincando". Boulos ironizou na sequência: "Você se sente seguro para andar com celular nas ruas de São Paulo?", perguntou olhando diretamente para câmera.

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