A ‘cadeirada’ de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) durante debate na TV Cultura neste domingo, 15, provocou reação entre os demais concorrentes à Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024. A agressão foi repreendida pelos políticos, que reconheceram o lado provocativo do ex-coach, mas questionaram o apresentador partir para a violência.
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No final do 4º bloco, a transmissão foi interrompida após Datena bater em Marçal com uma cadeira. Após um longo intervalo, o mediador Leão Serva comunicou a expulsão do tucano do evento e informou que o influenciador relatou dores e foi ao hospital, optando por não dar continuidade a sua participação no debate. O jornalista classificou o ocorrido como “um dos episódios mais lamentáveis da TV brasileira”.
O clima de consternação e repúdio foi unânime. O primeiro a fazer menção ao ocorrido foi Guilherme Boulos (PSOL), que enfatizou que a violência não pode ser uma arma política: “Por mais que a gente tenha candidatos rebaixados, mas não é com violência que vamos conseguir melhorar o vida do povo de São Paulo.”
Candidata do Novo, Marina Helena tratou como deprimente a agressão e lembrou que é necessário que os candidatos tenham maturidade para entrar em uma disputa eleitoral. “Isso aqui é inaceitável”, afirmou.
Já Tabata Amaral (PSB) reforçou a questão de gênero dos candidatos que chegaram às vias de fato. “É de dar muita vergonha de revoltar a postura dos homens nesse debate. A baixaria, a agressividade, o desrespeito a quem nos acompanha”, declarou a deputada federal.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentou segurar Datena durante a confusão, foi o último a se manifestar. O candidato a reeleição só mencionou o ocorrido durante as suas considerações finais no último bloco do programa.
“Hoje tivemos aqui esse momento lamentável, uma perda para a nossa democracia. A gente viu o candidato Datena perder a cabeça, mas ele foi provocado. Ele foi defender a honra da sua sogra. Fez de uma forma errada, mas também não é certo essas ofensas. A gente precisa ter equilíbrio”, ressaltou.
Entenda o caso de agressão
No quarto bloco, a agressão ocorreu após Pablo Marçal questionar Datena sobre quando ele cessaria a "palhaçada" e abandonaria a candidatura. O influenciador perguntou diretamente: "A gente quer saber que horas você vai parar, já abandonou entrevista chorando. Você que é um cara que só fala quando tem uma televisãozinha escrevendo ali. Que horas o Datena vai parar com essa palhaçada que ele tá fazendo aqui?"
Datena respondeu afirmando que Marçal estava fazendo acusações e calúnias. O apresentador então chamou Marçal de "bandidinho".
Na réplica, o candidato do PRTB acusou Datena de não saber o que estava fazendo e o chamou de "arregão". Ele também mencionou que o apresentador teria desejado agredi-lo durante o debate da TV Gazeta em 1º de setembro, mas afirmou que o candidato do PSDB "não é homem nem para fazer isso".
Quando provocado, Datena partiu para cima do adversário com uma cadeira. O moderador do debate, Leão Serva, interrompeu a transmissão para um intervalo comercial e, ao retornar, anunciou a expulsão de Datena do evento devido à agressão física. Segundo Serva, Marçal deixou o debate para buscar atendimento médico.