A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em seu primeiro ato de campanha eleitoral no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira, citou o que considerou uma campanha "da verdade contra a mentira" na corrida por mais quatro anos de mandato à frente do País.
"No Brasil, está tudo errado, a inflação está descontrolada, vai ser um caos. E nunca o caos acontece, mas provoca estragos cada vez que falam que vai ter racionamento (de energia), e não tem racionamento", discursou para prefeitos e lideranças da campanha do atual governador e candidato ao governo do Estado Luiz Fernando Pezão (PMDB), numa churrascaria em São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
"É a campanha da verdade contra a mentira, contra o pessimismo. Por qualquer critério o Brasil é um País que se saiu muito melhor do que os demais diante da crise, quando os demais, diante da crise, desempregaram 60 milhões de pessoas, nós criamos 20 milhões de empregos", afirmou, aplaudida por prefeitos de 62 cidades do Estado fluminense, além de deputados e outras lideranças, de acordo com o próprio Pezão. Os anfitriões do evento foram os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Alexandre Cardoso (Duque de Caxias) e Rodrigo Neves (Niterói).
"Por fim, eu quero dizer que estou feliz com o apoio de cada um de vocês. Eu me sinto em casa, e entre amigos. E quando a gente se sente entre amigos, tem uma verdade que brota e fica evidente. Eu olho para as pessoas e sinto que nós estamos juntos numa luta do bem. Não somos aqueles que respondemos a agressões, com agressões. Temos que responder a agressão com a verdade das nossas convicções", discursou ainda a candidata à reeleição.
Para manter sua tese de que faz campanha contra os que considera pessimistas, Dilma Rousseff citou ainda a Copa do Mundo da Fifa realizada recentemente no País. "Na campanha do Lula, a esperança iria vencer o medo. Na nossa, a verdade vai vencer esse pessimismo. Nós temos que contar a verdade. E aí a gente tem que lembrar de algumas coisas. A copa é um momento muito especial. Cá entre nós, o que se dizia da Copa é que ela seria o caos, que nós não teríamos competência, e que o Brasil iria ser um inferno de manifestações violentas", afirmou.
"Nós conseguimos provar com fatos que o Brasil tem capacidade para realizar uma Copa. Tivemos um momento muito desagradável em campo. Impossível que alguém não tenha sofrido naquele jogo, que vocês sabem a qual eu me refiro (7 a 1 para a Alemanha), mas temos que nos orgulhar do que fizemos e do que mostramos ao mundo", finalizou a presidente.
Dilma Rousseff teria agenda intensa no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, com uma visita a Angra dos Reis, além de uma passagem pelo Parque Olímpico que está sendo erguido para a Rio 2016. Com a morte do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, no entanto, ela refez os planos, participou do velório, em Recife, e veio diretamente para a Baixada Fluminense para participar de ao menos um ato de campanha - o mais importante deles.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos