A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) disse que fará em segundo mandato todas as “reformas que o Brasil exige”, em entrevistas ao Jornal da Record e ao Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira. Segundo Dilma, a vitória apertada sobre Aécio Neves (PSDB) mostrou que a população aprovou seu governo, mas deixou o recado de que também quer "mudança" e reafirmou que a palavra de seu governo será "diálogo".
“Toda democracia manda um recado de mudança numa eleição. ‘Olha, eu acho que você acertou numas coisas, mas você tem de melhorar, tem de fazer mais’, é o recado do eleitor”, disse Dilma. A presidente disse que fará um governo priorizando “os pobres, as mulheres, os negros e os jovens, com foco fundamental na educação, na cultura e nas ciências” para fazer o Brasil um país moderno.
Economia
Dilma não revelou quem substituirá o ministro Guido Mantega na pasta da Fazenda. “No tempo exato, darei nome e perfil. Não vou discutir ministro, vou discutir o meu ministério”, afirmou. Ela disse ainda que só anunciará medidas economicas para tentar aumentar o crescimento após "dialogar com todos os setores, empresariais, financeiro, com o mercado, para discutir quais são os caminhos do Brasil".
Sobre a situação atual da economia – com o Produto Interno Bruto (PIB) em recessão técnica no primeiro semestre e a inflação acima do teto da meta do Banco Central -, Dilma pediu “calma e tranquilidade” e disse que em 2015 o País estará numa situação melhor.
Reformas
A presidente voltou a afirmar que priorizará a reforma política. Recebi nessa eleição um conjunto de movimentos, desde a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) até a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), até um clamor da juventude, que me entregou uma lista pedindo que se faço um processo de consulta popular (para a reforma política) (...) Eu acredito que o Congresso vai ter a sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança".
Dilma relatou que tem a "convicção" de que o País necessita de uma reforma tributária. "Tenho a convicção que o Brasil precisa de uma reforma tributária, simplificar tributos. É impossível continuar com a sobreposição e com a guerra fiscal".
Petrobras
Sobre o escândalo da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, Dilma disse que vai investigar “doa a quem doer”. “Tenho uma indignação sobre o que fizeram nessa última semana da campanha. Jamais na minha vida houve uma única acusação”, afirmou em relação a denúncias publicadas pela revista Veja na última sexta-feira.
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