Dilma se diz “2.0” e fala em governo como base de programa

28 set 2014 - 19h13
(atualizado às 19h42)

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, rebateu críticas a respeito da apresentação do documento de seu plano de governo e disse que o alicerce de seu programa é o que fez nos últimos quatro anos. Ela foi questionada por qual motivo não teria apresentado o documento e disse estar na era 2.0 e que não se usa mais “um calhamaço de papel” para apresentar as propostas para os próximos anos.

<p>Dilma estava com a voz rouca no evento, segundo ela por em razão do excesso de discursos nos últimos dias.</p>
Dilma estava com a voz rouca no evento, segundo ela por em razão do excesso de discursos nos últimos dias.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

“O rapaz aqui é 1.0 e eu sou 2.0”, brincou a presidente, referindo-se ao jornalista que a perguntou sobre a apresentação do programa. “O alicerce do meu programa é meu governo. Registrei porque é obrigado por lei, todas as diretrizes do meu novo governo pra poder ser candidata”, completou, antes de listar algumas propostas na área da saúde, segurança publica integrada, educação e moradia. “Nada meu é teórico”, reiterou.

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A candidata petista afirmou que sua intenção é fazer com que seu eleitor saiba as propostas de governo, que são divulgadas, segundo ela, diariamente no horário eleitoral pela TV, além da internet e em suas agendas.

“O documento é uma estrutura composta do alicerce que é meu governo, das diretrizes e de todas as minhas propostas. É isso o que estou apresentando. A modernidade não é um calhamaço de papel, mas sim várias formas de comunicação. A mim interessa me comunicar com o povo brasileiro, que é quem vai votar nessa eleição. E quem decidirá que caminho quer percorrer”, explicou.

Dilma fez questão de cutucar a adversária do PSB, a candidata Marina Silva, e reiterou o que não irá fazer caso seja reeleita na Presidência. “Tem coisa que não faço. Não vou flexibilizar a CLT nem que a vaca tussa. Não vou dar independência ao Banco Central. Isso não é minha política. Sou a favor dos bancos públicos. O BNDES é o terceiro banco de desenvolvimento do mundo. Não vou enfraquecer o BNDES. Se tem alguém que tem proposta sou eu. Vocês querem o documento por quê?”, questionou.

Com a voz rouca, segundo ela por causa do excesso de discursos, a presidente preferiu responder a apenas uma pergunta dos jornalistas reunidos em um hotel na região central de São Paulo. Ela escolheu poupar a voz para o debate dos presidenciáveis da Rede Record, que acontece neste domingo.

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“Vocês estão vendo. Eu não tenho essa voz e vocês sabem disso. Essa voz é fruto de vários dias de discursos. O que quero falar com vocês é que tenho um debate às 22h, então vou fazer uma resposta e ‘me voy’. E peço perdão. Estou mostrando que não tenho essa voz, não nasci com ela”, brincou a presidente.

Fonte: Terra
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