O Partido dos Trabalhadores (PT) informou, nesta sexta-feira, que entrou com uma representação criminal no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a candidata Marina Silva (PSB) por difamação. Marina afirmou, na quinta-feira, durante sabatina realizada pelo jornal O Globo, que a partido tinha colocado Paulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras para "assaltar" a companhia.
Para o coordenador jurídico do PT, Flávio Caetano, a candidata extrapolou o direito de crítica, ferindo a integridade da sigla. “O PT não aceita que sua honra seja atacada por nenhum candidato à presidência, seja ele quem for”, disse. Segundo nota do PT, Marina foi acusada de cometer "crime de difamação eleitoral, com base no Art. 325 – Código Eleitoral", cuja pena é de detenção de três meses a um ano, e pagamento de 5 a 30 dias-multa.
Na entrevista, a candidata do PSB deu a seguinte declaração: “não consigo imaginar que as pessoas possam confiar em um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres das Petrobras. É isso que estão reivindicando? Que os partidos continuem fazendo do mesmo jeito? Eu espero que as pessoas virtuosas possam renovar seus partidos, para que ele volte a se interessar pelo que são as demandas das pessoas”.
Nesta quinta-feira, Dilma afirmou que não teme que o depoimento do ex-diretor da Petrobras afete negativamente a campanha: “não temo, de nenhuma forma, porque acho que isso não afeta nem a mim, nem as pessoas por quem tenho elevada consideração e apreço. Agora, todos os que foram afetados terão de ser punidos”, afirmou.