A aeronave que caiu na manhã desta quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo, matando o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, já havia apresentado uma falha que impediu sua decolagem do aeroporto de Londrina (PR), no dia 16 de junho.
O deputado estadual Wilson Quinteiro, líder do PSB na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), contou que aguardava Campos e a candidata a vice na chapa, Marina Silva, para um compromisso de campanha em Maringá (PR). “Um problema elétrico impediu a decolagem, e eles foram de Londrina para Maringá de táxi”, disse Quinteiro, que havia organizado um encontro na associação comercial da cidade. “Chovia naquele dia em Londrina, a exemplo do dia de hoje em Santos”, continuou o deputado.
A Infraero confirmou que o avião que caiu nesta quarta-feira – modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA – esteve em Londrina no dia 16 de junho e só decolou no dia seguinte, com destino a Jundiaí (SP). De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com a documentação e a manutenção em dia. As causas do acidente estão sendo investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), da Aeronáutica.
A Anac afirmou ainda que o avião é de propriedade da empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações, que tem sede em Ribeirão Preto (SP), mas não tem licença para operar como táxi aéreo - o registro é de uso privado. A reportagem entrou em contato com a empresa para obter esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.
Ainda sobre o episódio de junho, o deputado Quinteiro disse que a AF Andrade providenciou outra aeronave para buscar Campos e Marina em Maringá.