O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, anunciou nesta sexta-feira que, se for eleito, criará um fundo nacional de segurança e incrementará o orçamento da saúde em R$ 38 bilhões ao longo de quatro anos. Campos fez a declaração durante encontro com empresários, comerciantes e agricultores na cidade de Arapiraca, em Alagoas.
Segundo Campos, 54 mil pessoas morreram no ano passado em decorrência da violência no País. “Vamos financiar a segurança pública, colocar recursos nos Estados e municípios para ajudar na contratação de mais pessoal, compra de equipamentos, contratação de soluções de tecnologia de informação, para que, juntos, governos federal e estadual, sociedade e municípios possam enfrentar essa mazela dos homicídios, da criminalidade que intranqüiliza a sociedade brasileira.”
O fundo que Campos pretende criar também servirá para aumentar a remuneração dos profissionais de segurança pública que apresentem resultados na redução da violência, de forma a premiar iniciativas que dão certo. O candidato disse que os recursos virão de tributos e taxas que já existem para fomentar a segurança, mas que estão sendo contingenciados pelo governo ou desviados para outras finalidades.
Ele explicou que a mudança na saúde será feita formando a juventude no interior do País e abrindo cursos de medicina, pois, segundo ele, muitos fecharam. "Mas queremos assumir o compromisso público de colocar mais R$ 38 bilhões na saúde pública no Brasil nos próximos quatro anos. Para abrir hospitais que fecharam, para contratar médicos, para fazer os exames acontecerem e as cirurgias andarem nas filas intermináveis que vemos Brasil afora.”
Campos também prometeu investir na agricultura familiar e nas obras de mitigação da seca para ajudar a desenvolver o semiárido nordestino. "É preciso garantir o abastecimento de água nas cidades da região para acabar com a penitência do carro-pipa, que constrange tantas famílias no interior do País", disse ele. "É preciso também assumir compromisso com os que querem terra, garantindo a eles apoio com crédito, assistência técnica e com compra direta do governo."