Em resposta aos seus adversários nas eleições deste ano, a presidente Dilma Rousseff, que está na corrida pela reeleição pelo PT, defendeu a manutenção do formato que a Esplanada dos Ministérios possui hoje, com 39 pastas. A redução de ministérios é promessa de campanha dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Dilma elencou alguns casos de sucesso de pastas consideradas pequenas, como o Ministério da Micro e Pequena Empresa, criado no ano passado. Neste caso, a presidente lembrou da importância da nova pasta para a sanção da lei que universaliza o Simples Nacional – sistema tributário simplificado para negócios com faturamento anual inferior a R$ 3,6 milhões.
A presidente-candidata questionou seus adversário sobre quais ministérios seriam cortados. “Quero saber qual (ministério) e quem vai fechar”, disse a jornalistas em conversa no Palácio da Alvorada. Dilma saiu em defesa das pastas menores com enfoque social, como a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e Secretaria de Direitos Humanos. “O que está na cabeça de muita gente é acabar com esses três”, afirmou.
Na avaliação de Dilma, mesmo que tenham estruturas reduzidas, manter o status de ministérios para essas pastas tem uma importância política estratégica. “É uma tremenda cegueira tecnocrática não perceber esse status”, disse a presidente.
Ao ser questionada sobre a proposta de Aécio Neves para fundir os ministérios dos Transportes, Minas e Energia e Comunicações em um superministério da Infraestrutura, Dilma aproveitou para criticar a política energética do governo Fernando Henrique Cardoso. Hoje presidente da República, Dilma comandou o Ministério de Minas e Energia no primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sucedeu o governo tucano.
“Estavam (governo Fernando Henrique) fazendo um processo de tornar aquele ministério em mínimo. Ao que levou? Ao maior racionamento da história”, disse a presidente. Dilma comparou seus investimentos no setor ao do ex-presidente e disse que, em oito anos de gestão FHC, a capacidade geradora foi ampliada em 21 mil megawatts, ante 20 mil megawatts ampliados em quatro anos de seu governo.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos