Uma semana após o acidente aéreo que matou o ex-governador e então candidato à presidência Eduardo Campos, o PSB e a Rede - grupo político liderado pela ex-senadora Marina Silva - travaram uma disputa pelo controle da Campanha que tenta levar a candidata ao Palácio do Planalto. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, PSB e Rede se desentenderam sobre os postos estratégicos da campanha durante uma Reunião de seis horas realizada pouco antes do anúncio da chapa, em Brasília.
Marina marcou posição ao colocar dois nomes de sua confiança no comando do Comitê. O ex-deputado Walter Feldman foi escalado para a coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira, primeiro secretário do PSB. Bazileu Margarido, que ocupava o posto que agora é de Feldman, foi nomeado para o comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto.
Segundo o jornal, integrantes do PSB informaram que Marina "demitiu" Siqueira, que era um dos dirigentes mais próximos a campos. Já aliados de Marina dizem que houve um mal-entendido e que Feldman foi designado para trabalhar em dupla, ajudando Siqueira.
Carlos Siqueira, segundo aliados, deixou a reunião dizendo que "não pisaria mais" no comitê. Procurado pela publicação, ele negou o atrito.