"Vi pessoas gritando, chorando e muito machucadas; só me preocupei em socorrê-las, mas logo reconheci o nosso candidato pela cor dos olhos.” O depoimento foi do estivador Donizeti Maguila Júnior, 39 anos, socorrista-voluntário há 10 anos e morador do bairro onde caiu, na manhã desta quarta-feira, o avião que transportava o presidenciável Eduardo Campos e parte de sua equipe
Maguila Júnior foi o primeiro a tentar socorrer as vítimas do acidente, que interditou ruas do bairro do Boqueirão
"O estrondo foi tão forte que as vidraças de casa quebraram e meu cachorro morreu. Em princípio, vi seis corpos. Fiquei muito chocado com a situação", disse o socorrista.
Campos teria agenda de campanha em Santos e na cidade vizinha Vicente de Carvalho. A reportagem conversou com o vereador Valdemir Santana (PSB), do Guarujá, responsável por receber o candidato para as ações na Baixada Santista. “Estávamos aguardando o candidato, pois ele participaria de um evento conosco. Mas o tempo foi passando, e acabamos ouvindo pela imprensa que o avião havia caído. Ele faria uma caminhada pelo comércio de Vicente de Carvalho”, disse.
Pelo menos 200 pessoas, entre bombeiros, policiais, jornalistas e curiosos acompanham os trabalhos de resgate dos corpos. Até as 14h, nenhum havia sido retirado ainda do local. As ruas Vahia de Abreu e Alexandre Herculano estão bloqueadas e o cheiro de fumaça ainda é muito forte no local. Por volta de 13h40, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, chegou ao local para acompanhar os trabalhos.