O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que concorre ao Palácio Piratini em segundo turno ao lado do bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), anunciou que não abrirá o voto à Presidência. A neutralidade na corrida entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foi anunciada em entrevista coletiva transmitida também através das redes sociais do tucano. Leite disse que seu lado "é o Rio Grande" e que "não se trata de ficar em cima do muro". Em 2018, quando concorreu ao governo gaúcho contra o então governador José Ivo Sartori (MDB), Leite abriu o voto em Bolsonaro no segundo turno.
Leite chegou à segunda etapa da corrida eleitoral por uma margem de pouco menos de 2,5 mil votos, contrariando as pesquisas que o apontavam na ponta da corrida ao Piratini. O candidato de Bolsonaro venceu o primeiro turno, e Leite precisou esperar a contagem dos votos das últimas urnas para deixar Edegar Pretto (PT) para trás. O ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou que Leite e ele conversaram ao telefone ainda nesta quinta-feira, 6, e garantiu que seu voto será dele: "Agradeci a sua gentileza e confirmei que meu voto será dele", escreveu.
Os demais candidatos ao governo gaúcho tiveram votação pouco expressiva. Seis candidaturas, incluindo siglas tradicionais como o Progressistas e o PDT, somaram menos de nove pontos percentuais e acabaram ficando para trás na corrida por apoio.