O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez críticas ao candidato Pablo Marçal (PRTB) após a divulgação de um laudo falso que ligava Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína. Durante entrevista neste sábado, 5, Nunes chamou Marçal de "bandido" e afirmou que não há possibilidade de acordo entre as campanhas, nem mesmo em um eventual segundo turno.
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"Eu não faço acordo com bandido. Ele é um bandido", declarou o prefeito à imprensa. Sobre possíveis medidas judiciais referentes ao documento falso divulgado pelo adversário, Nunes afirmou que deixou a questão nas mãos de seus advogados. "Eu não sei se cabe algo. Se couber, com certeza, nós vamos dar a nossa contribuição pra proteger a nossa democracia e repudiar de forma veemente esse tipo de atitude. Não se faz isso", acrescentou ele.
A falsa acusação veio à tona na véspera do primeiro turno das eleições municipais. O caso gerou grande repercussão e indignação não apenas entre os candidatos, mas também entre outras autoridades. O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se pronunciou sobre o episódio.
"Olha só, eu sou cristão. E aí eu quero falar uma coisa pra vocês e pra todo mundo. Como cristão, tá em Lucas 16, que é a parábola do administrador infiel. E lá diz o seguinte, aquele que não é fiel no pouco, como será fiel no muito?", disse o governador, referindo-se à conduta de Marçal.
Tarcísio ainda afirmou que atitudes como a divulgação de documentos falsos comprometem a credibilidade de quem disputa uma eleição e questionou como alguém que não é "fiel no pouco" pode ser confiável para assumir a prefeitura.
"Vale jogar na lama o nome de uma pessoa sem se importar com a família? Inventar um documento falso nessa altura do campeonato, numa sexta-feira à noite, numa live. Isso causa indignação", afirmou. Ele ainda expressou confiança de que o candidato não vá para o segundo turno. "Eu tenho certeza que a população vai dar o cartão vermelho pra ele amanhã", disse o governador.