Eleição tem abstenção de 23,1%, maior dos últimos anos

Em algumas cidades, como Rio, o índice chegou a 32,79%

16 nov 2020 - 03h27
(atualizado às 07h27)

Em uma eleição realizada durante a pandemia do novo coronavírus, a abstenção atingiu o maior patamar desde, pelo menos, 2008. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção neste domingo foi de 23,14% no País. Em alguns colégios eleitorais, porém, o índice passou de 30%.

Eleição no meio da pandemia teve um alto índice de abstenção
Eleição no meio da pandemia teve um alto índice de abstenção
Foto: Mourão Panda/O Fotográfico / Estadão

Nos últimos 12 anos, a abstenção mais alta havia sido registrada na eleição presidencial de 2018, 20,33%. Comparando-se o primeiro turno das eleições municipais, em 2016 a abstenção foi de 17,58%, em 2012 foi de 16,41% e em 2008 foi 13%. Analistas políticos já apontava a possibilidade de que a abstenção neste ano fosse recorde.

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"Como está em 99,9% (das urnas apuradas), pode ter algum grau de variação - 23,14% pode ter pequena variação, mas certamente vai ficar em menos de 23,5%. Extraordinário porque nas últimas eleições foi mais de 20% e nesta eleição, 23%, em meio a uma pandemia. Mais um fator que precisamos comemorar", afirmou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, na noite deste domingo, 15.

Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País, as abstenções chegaram a 29,29%, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No Rio de Janeiro, as abstenções foram ainda maiores, com 32,79%

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