O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) continuou nesta sexta-feira, 11, sua busca por votos dos eleitores paulistanos. Hoje, o psolista apostou nos bairros Freguesia do Ó e Brasilândia, na zona norte da capital paulista, onde fez carreata pela região e foi "entrevistado" por moradores da localidade.
Nos dois bairros escolhidos, a votação foi bastante dividida entre os candidatos no primeiro turno, mas o prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), levou a melhor por uma pequena diferença de votos, de acordo com a Justiça Eleitoral.
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Na ação de hoje na Brasilândia, batizada de "Se vira nos 50" e que já foi realizada em outros anos pelo candidato, Boulos respondeu perguntas de eleitores sobre as propostas dele para a cidade. Entre os "entrevistadores", estavam crianças, jovens e idosos. O candidato do PSOL se desafiou a responder os questionamentos em 50 segundos.
Os moradores perguntaram sobre educação, saúde, mobilidade urbana, além de propostas específicas para a Brasilândia, como moradia. Um deles ainda relatou que votou em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno das eleições municipais e que, no segundo turno, estava pensando em não ir às urnas. Boulos então argumentou para tentar virar o voto a seu favor. (Assista no vídeo acima).
"Eu tive muitas brigas com ele no primeiro turno, não gostei de coisas que ele falou que não eram verdade. Mas eu sei que muita gente que votou no Marçal é porque está indignado, não vê a Prefeitura ajudando na vida. Agora, nesse segundo turno, são dois caminhos: deixar o mesmo grupo que já está no poder ou votar em quem quer mudança, aí é comigo", disse.
Críticas a Nunes e rejeição em pesquisa
O candidato também conversou com os jornalistas presentes nos bairros. Durante a coletiva, ele voltou a criticar Ricardo Nunes, com quem disputa o segundo turno na capital paulista. O psolista afirmou que o "problema de São Paulo não é falta de dinheiro, é falta de prefeito, de gestão". Além disso, relembrou a ausência do emedebista no debate promovido pela rádio CBN e pelos jornais O Globo e Valor Econômico na quinta-feira, 10.
Boulos ainda citou algumas propostas para a cidade, caso seja eleito: o Gabinete da Periferia, em que pretende ir às periferias para despachar e conversar com os moradores, o programa Poupatempo da Saúde, além do programa Mais Médicos Especialistas -- segundo o candidato, será pago um valor a mais para os médicos que trabalharem nas periferias da cidade de São Paulo. "Eu já conversei com o presidente Lula, vai ter recurso federal para contratar esses médicos", explicou.
Quando questionado sobre a divulgação da primeira pesquisa do segundo turno das eleições, realizada pelo Datafolha, que aponta que Boulos lidera em termos de rejeição, com 58% dos eleitores afirmando que não votariam nele de maneira nenhuma, Boulos desconversou sobre como vai fazer para reduzir esse alto índice de rejeição.
"O nosso projeto representa a mudança na cidade de São Paulo. Se você está satisfeito com a saúde como está hoje, acha que é bem atendido em uma UBS [Unidade Básica de Saúde], encontra remédio e médico, você concorda com a propaganda do meu adversário. Se você sabe que a realidade não é assim, você vem com a gente. [...] Se você sabe que São Paulo precisa de mudança, você concorda com a gente. É isso que vai estar em jogo na campanha do segundo turno", afirmou.