Em debate, Joice chama candidatos de 'frouxos' e 'covardes'

Os nomes mais bem colocados nas pesquisas - Russomanno, Covas, Boulos e Márcio França - não compareceram ao encontro

27 out 2020 - 00h10
(atualizado às 07h30)

Em um debate que contou com apenas seis nomes que concorrem à Prefeitura de São Paulo, a candidata do PSL, Joice Hasselmann, chamou os rivais de "frouxos" e "covardes". O encontro, que ocorreu nesta segunda-feira, 26, foi organizado pela ConecTV, emissora de Osasco, região oeste da Grande São Paulo. "Quem foge de debate é frouxo, é covarde", disse Joice, para quem os demais postulantes que não comparecem ao programa estavam fugindo por "medo" ou para evitar comentar casos de corrupção.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram de debate nesta segunda-feira, 26
Candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram de debate nesta segunda-feira, 26
Foto: Reprodução/ConecTV / Estadão Conteúdo

"Russomanno não está aqui porque ele não quer explicar o porquê dele estar na delação da Odebrecht e por que o Procon processou a empresa dele por tentar enganar o consumidor, nem por que ele faliu uma empresa e deu calote em garçons. Bruno Covas não quer explicar por que estava viajando enquanto São Paulo estava debaixo d'água. O comunista 'filhinho de papai' e invasor de propriedade, Guilherme Boulos, tem medo de debater comigo. O socialista Márcio França é o 'Paris' da delação da Lava Jato e treme quando ouve meu nome. Um bando de covarde."

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Celso Russomanno (Republicanos), Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), e Márcio França (PSB) - os quatro primeiros colocados na mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo - alegaram conflitos de agenda ao justificar a ausência no debate.

Além de Joice, também participaram do debate Andrea Matarazzo (PSD); Arthur do Val (Patriota); Jilmar Tatto (PT); Marina Helou (Rede) e Orlando Silva (PCdoB) completaram a sabatina.

O debate foi marcado por críticas à gestão do prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas, e ataques pessoais. A candidata da Rede, Marina Helou, afirmou que o governo municipal errou ao não priorizar o saneamento básico, ressaltando que a cidade tem 40% de esgoto não tratado. Por sua vez, Orlando Silva criticou o SampaPrev, o que chamou de "vergonha".

Joice disse que o candidato do PT, Jilmar Tatto, ex-secretário de municipal de Transportes na gestão Fernando Haddad, fazia parte do "partido do mensalão". O petista rebateu dizendo que a candidata do PSL estava falando "bobagens", e defendeu a cobrança do imposto para investimentos em saúde e assistência social, afirmando que Covas deixou a cidade "abandonada".

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Arthur do Val a Tatto: 'Qual sua relação com o PCC?

Ao responder a uma pergunta de Tatto sobre combate à fome, Arthur do Val fez uma pergunta que gerou polêmica nas redes sociais. Depois de falar que pretende deixar escolas abertas aos fins de semana, o candidato do Patriota perguntou ao petista: "Qual sua relação com o PCC?" Mais tarde, no Twitter, do Val publicou um texto de 2014 de um colunista da revista Veja com o título: "Deputado petista não explica o que fazia em reunião a que estavam presentes membros do PCC; Jilmar Tatto desconversa".

A coluna faz referências a uma reunião de que participou o deputado estadual Luiz Moura. Em 2014, ele foi flagrado pela Polícia Civil em julho de 2014 em uma reunião entre perueiros. Os policiais foram até o local por suspeitar que o encontro seria entre operadores do sistema de transportes da SPTrans e integrantes do PCC. A divulgação da presença do deputado no encontro fez com que a executiva estadual do PT decidisse suspendê-lo e, depois, expulsá-lo do partido.

Tatto respondeu à provocação, pedindo respeito a do Val. "Lave a sua boca antes de falar da minha família e falar de mim. Tenha respeito. Você como deputado não fez nada por São Paulo. Meça suas palavras. Não venha colocar suspeição na vida dos outros."

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