Durante o primeiro debate do segundo turno das eleições para o governo de São Paulo, o candidato do PT Fernando Haddad questionou se o adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) iria adotar o orçamento secreto no Estado, medida do governo Jair Bolsonaro (PL).
"Eu quando era ministro definia meu orçamento ouvindo a sociedade. Não ouvia o relator", disse. "Você vai trazer o orçamento secreto para São Paulo?", perguntou Haddad, que criticou os sigilos impostos por Bolsonaro.
O candidato do PT ainda ironizou ao dizer que, se a Amazônia continuar a ser desmatada, será impossível ter acesso a documentos com sigilo de cem anos. A fala foi mais uma crítica ao presidente, em uma tática adotada por ambos os candidatos de nacionalizar o debate.
Tarcísio rebateu o petista afirmando que o orçamento foi definido pelo Congresso e que a proposta orçamentária do governo federal foi cumprida integralmente. Ele ainda argumentou que Haddad “está preso ao passado". O candidato bolsonarista também disse que irá a aumentar a competividade do Estado e que "vai fazer isso com o orçamento do Estado. Isso não tem nada a ver com o orçamento secreto, mas com gestão”.
Haddad disse que "fica feliz" de o oponente dizer que, se eleito, não trará o orçamento secreto para São Paulo. "Seria um descalabro, que é o que está acontecendo em Brasília", diz Haddad.