Empresários do agronegócio lideram doações para a campanha de Bolsonaro

Além de personalidades do setor, presidente recebeu também R$ 501 mil do ex-piloto Nelson Piquet

13 set 2022 - 14h07
(atualizado às 16h28)
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
07/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 07/10/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Uma das bases de apoio que está provando na prática à candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição são os empresários do agronegócio. De todas as doações de pessoas físicas relevantes recebidas pela campanha do atual presidente, a única que veio de fora do setor é a do ex-piloto Nelson Piquet, que entregou R$ 500 mil ao candidato. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recebido doações pelo partido, o PT. Seu maior doador é o fundador da operadora de saúde Hapvida, Candido Pinheiro Koren de Lima, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fala racista e 'arrependimento' de Bolsonaro repercutem após entrevista
Video Player

Até o momento, conforme os dados mais recentes do TSE, o principal doador de Bolsonaro é Oscar Luiz Cervi, empresário do agronegócio de Mato Grosso, que desembolsou R$ 1 milhão. Na sequência está o produtor rural, Odilio Balbinotti Filho, do mesmo Estado, que desembolsou R$ 600 mil até o momento.

Publicidade

Desde a reforma eleitoral em 2015, as empresas foram proibidas de doar para legendas e candidatos. Já as doações de pessoas físicas para campanhas eleitoras podem ser feitas, segundo o TSE, por transferência bancária, com a devida indicação do CPF do doador.

Além do agronegócio

O ex-piloto Nelson Piquet, apoiador de longa data de Bolsonaro doou R$ 501 mil ao ex-presidente. Até a semana passada ele tinha desembolsado R$ 500 mil, mas acabou por adicionar mais R$ 1 mil na última semana.

Ao também doar R$ 500 mil, o Celso Gomes dos Santos, conhecido como Celso Bala, é mais nome forte de Mato Grosso que investiu na campanha de Bolsonaro. O pecuarista, conhecido na região como o "Rei do Gado", se encontrou recentemente com o presidente da República em Brasília, quando o presenteou com um frasco de "óleo ungido".

Segundo analistas políticos, consultados pelo Estadão, é natural que a maior parte das doações venham diretamente a Bolsonaro e não ao ser partido, o PL, legenda à qual ele se filiou apenas no fim de 2021, no fim do prazo para conseguir concorrer à reeleição. "É uma campanha mais personalista. O apoio é ao Bolsonaro, não ao PL", explica um analista.

Publicidade

No caso do ex-presidente Lula, as doações partindo de pessoas físicas têm se concentrado no partido, que existe há mais de 40 anos. O maior doador é Candido Pinheiro Koren de Lima, com R$ 100 mil. Ao todo, os membros da família fundadora da Hapvida repassaram R$ 1,25 milhão ao PT. Eles, no entanto, também doaram R$ 500 mil ao PSDB e R$ 1,25 milhão ao MDB.

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações