Flaps podem ter sido a causa da queda de avião de Campos

Flaps, que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo, estavam recolhidos no momento do acidente

19 ago 2014 - 07h59
(atualizado às 08h02)
<p>Avião de Eduardo Campos que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, era um Cessna</p>
Avião de Eduardo Campos que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, era um Cessna
Foto: Wikimedia

As primeiras análises dos destroços da aeronave Cessna Citation que caiu na última quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo, matando o ex-governador de Pernambuco e até então candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas, apontam que os flaps do avião estavam recolhidos no momento do acidente, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Durante uma aterrissagem é preciso “baixar” os flaps, que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo. O manual de instruções do jato, no entanto, indica que os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade superior a 200 nós – acima de 370 km/h.

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Dessa maneira, se o piloto acelera com os flaps abertos, depois de uma arremetida com a potência do motor no máximo, a recomendação é reduzir a velocidade, baixando a altitude, recolher os flaps e retomar o voo. A constatação da perícia ainda não conclusiva e deve ser mais detalhada na análise das peças pelos técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

No caso específico do Cessna, se os flaps forem recolhidos com o avião a mais de 370 km/h, o corre um “put down” (baque) violento, que puxa o avião para baixo.

A análise dos peritos indica a possibilidade de um eventual “put down”, o que poderia ter sido causado por um suposto recolhimento dos flaps em velocidade acima de 370 km/h.

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Fonte: Terra
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