Eduardo Leite (PSDB) venceu o segundo turno das eleições e vai voltar a comandar o governo do Rio Grande do Sul. O tucano venceu Onyx Lorenzoni (PL), aliado de Jair Bolsonaro (PL).
Leite foi eleito governador do Estado em 2018, mas estava afastado do cargo desde março, quando renunciou ao governo para tentar concorrer à Presidência da República pelo PSDB. O partido, no entanto, decidiu em convenção que iria apoiar a candidatura de Simone Tebet (MDB).
Campanha eleitoral
A disputa direta entre os dois candidatos já havia sido indicada pelas pesquisas de intenção de voto no Estado, mas o desempenho de Onyx nas urnas surpreendeu. O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) liderou as intenções de voto no primeiro turno e foi o primeiro a garantir uma vaga no segundo turno, com 37,50% dos votos.
Eduardo Leite, por outro lado, teve uma disputa apertada para conquistar uma vaga no segundo turno, com uma diferença pequena em relação ao deputado estadual Edegar Pretto (PT). O tucano teve 26,81%, e o petista, 26,77%. Foram apenas 2.491 votos de diferença entre os dois.
Na reta final do segundo turno, Leite virou sobre Onyx e liderou as pesquisas de intenções de voto. A campanha nesse período, inclusive, ficou marcada por polêmicas e homofobia na rixa entre os dois candidatos.
Uma delas aconteceu ao Onyx declarar, em propaganda eleitoral na rádio, que, caso vencesse a eleição, o Estado teria "uma primeira-dama de verdade". O candidato passou a ser acusado de homofobia, já que o discurso seria direcionado ao concorrente, que é declaradamente homossexual.
Em outra oportunidade, após o debate na Band, Lorenzoni se recusou a apertar a mão de Leite, o que gerou desconforto.
Quem é Eduardo Leite
Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite, de 37 anos, foi eleito mais uma vez. Governador do Rio Grande do Sul de 2019 a 2022, renunciou ao cargo em março para tentar disputar a Presidência da República. No entanto, durante a convenção, o PSDB decidiu apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet, como terceira via nas eleições presidenciais.
Antes de assumir o governo do Rio Grande do Sul, o político e bacharel em Direito foi prefeito de Pelotas de 2013 a 2017, cidade onde também já havia sido vereador. Ele se tornou um dos governantes mais jovens da história do Estado e o primeiro governador brasileiro abertamente homossexual.