Freixo e Castro dominam debate, pautado por corrupção e segurança pública

Debate realizado por Terra, SBT, Nova Brasil, Estadão e Veja, contou também com Rodrigo Neves e Paulo Ganime

17 set 2022 - 20h47
(atualizado em 18/9/2022 às 08h35)
Debate no Rio de Janeiro acontece no Rio de Janeiro
Debate no Rio de Janeiro acontece no Rio de Janeiro
Foto: Dantas Jr.

Os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB), trocaram ataques durante o debate entre os postulantes ao Palácio Guanabara, na noite deste sábado, 17. O encontro foi transmitido pelo Terra, em parceria com SBT, Nova Brasil, Estadão Veja. No evento, também estiveram presentes os candidatos Rodrigo Neves (PDT) e Paulo Ganime (Novo). 

Durante o primeiro bloco, em que os candidatos fizeram perguntas entre si, Castro questionou Freixo sobre segurança pública e disse que o candidato deixará "o policial morrer". O deputado federal se defendeu: "A gente precisa ter muita responsabilidade para falar de segurança pública, coisa que o seu governo não tem". 

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Na réplica, Castro provocou Freixo, com um trocadilho usando seu nome: "Para cuidar da segurança não pode ser frouxo". Freixo não deixou barato e retrucou na tréplica. "Para cuidar da segurança não pode ser bandido", disse, em referência aos últimos casos de corrupção na gestão do governador. 

1º bloco do debate para o governo do Rio de Janeiro
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Segundo Bloco

Na nova rodada de embates, cada jornalista escolheu dois candidatos, sendo um para responder e outro para comentar a resposta. Nesta etapa, Castro e Freixo polarizaram mais uma vez o debate.

O governador foi questionado sobre a atuação das milícias em determinadas regiões do Rio de Janeiro e, visivelmente desconfortável, destacou as ações feitas em prol das polícias desde quando assumiu o governo do estado, há dois anos, após impeachment do governador Wilson Witzel, de quem era vice: "Quando eu assumi tinha uma polícia totalmente sucateada. Uma polícia sem centro de treinamento. Nós estamos equipando a polícia e, assim, combateremos o crime organizado no Rio de Janeiro."

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Pelas regras do debate, Freixo foi o escolhido para comentar a resposta de Castro. "Nessa semana, saiu o relatório da Geni/UFF. Eles apontaram um aumento em 380% da milícia. O momento onde a milícia mais avançou foi nos últimos anos, exatamente no atual governo. Tem que ter coragem para enfrentar o crime organizado. Não pode ter mistura de quem está à frente da polícia com quem está à frente do crime", afirmou o candidato de oposição.

Já no final do bloco, Freixo foi questionado sobre as operações policiais no Rio de Janeiro e Castro, por sua vez, chamado para comentar.  "A operação vai ser feita com planejamento, com uma polícia equipada e controlada. O policial tem que ser valorizado", avaliou o deputado.

Castro foi irônico ao comentar a resposta de Freixo: "Gente, parece até brincadeira. Alguém que até outro dia odiava a polícia, que dizia que a polícia tinha que acabar (...) Hoje tem um discurso lindo pela policia."

2º bloco do debate para o governo do Rio de Janeiro
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Terceiro bloco e quarto bloco

Ao iniciar a nova rodada de perguntas entre os candidatos, Freixo escolheu Castro para responder sobre mais um caso de corrupção. Dessa vez, a pergunta foi sobre a prisão do secretário da Polícia Civil Allan Turnowski, acusado de envolvimento com a contravenção.

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Incomodado, Castro se esquivou e citou as medidas adotadas pelo seu governo. "A segurança pública no Rio tem avançado. Abrimos concurso para Polícia Civil depois de muitos anos. O homicídio doloso é o menor em 31 anos. O trabalho da segurança pública é maior do que as pessoas", defendeu-se. 

Na réplica, Freixo relembrou todos os secretários presos durante o governo Witzel e Castro. "Não foi só o secretário de Segurança que foi preso. No governo Witzel e Castro, nós tivemos o secretário de Educação, Saúde e Emprego presos. O que a gente não pode é mais uma vez ter um governador preso. Isso precisa acabar", retrucou. 

O embate entre os dois continuou. Castro mencionou o salário em dia dos servidores públicos e acusou Freixo de ser "contra o servidor". Em tom sarcástico, o candidato do PSB respondeu: "Primeiro, deixar o salário em dia é obrigação do governador. Não tem cabimento uma coisa dessas. (...) Cláudio tem que parar de roubar. Se parar de roubar vai ter dinheiro", replicou.

3º bloco do debate para o governo do Rio de Janeiro
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4º bloco do debate para o governo do Rio de Janeiro
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Direito de resposta 

O debate entre os candidatos não fugiu do eixo Castro-Freixo. Rodrigo Neves e Paulo Ganime mantiveram os dois na mira, inclusive, no final do terceiro bloco o candidato do Novo chamou o socialista de "Marcelo Fake ". Ganime fez referência à presença de Armínio Fraga e César Maia na chapa de Freixo. 

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O deputado federal pediu direito de resposta e foi atendido. "Fizemos uma frente ampla que vai de Lula até Armínio Fraga. Estou aqui para falar de proposta e não ficar atacando adversário", falou Freixo. 

Pesquisa

Castro e Freixo estão empatados tecnicamente na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira,15. O candidato à reeleição aparece com 31% das intenções de voto, contra 27% do candidato do PSB.

Fonte: Redação Terra
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