Gleisi Hoffmann dispensa e ironiza 'perdão' de Edir Macedo a Lula

Presidente nacional do PT afirma que principal líder da Igreja Universal do Reino de Deus é que 'precisa pedir perdão pelas mentiras que propagou'

4 nov 2022 - 09h11
(atualizado às 17h31)
Lula e o bispo Edir Macedo em 2007
Lula e o bispo Edir Macedo em 2007
Foto: Estadão

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), postou em suas redes sociais nesta sexta-feira, 4, que a sigla dispensa o perdão de Edir Macedo. O religioso, principal líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, declarou ontem que é preciso "perdoar" o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gleisi ainda acusou Macedo de induzir "milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso". E insistiu: "a nossa consciência está tranquila".

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As igrejas neopentecostais, a exemplo da Igreja Universal, foram palanque de Jair Bolsonaro (PL) durante o período eleitoral. Entretanto, Macedo disse que a vitória de Lula foi "vontade de Deus".

O religioso afirmou, na mesma ocasião: "Eu orei, 'ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda. Então, o que é que eu vou fazer agora? Tocar a vida para frente".

Líderes religiosos que apoiaram Bolsonaro agora falam em "perdão" e em "orações" para Lula
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Dentro do mesmo contexto, um dos principais nomes da bancada evangélica no Congresso, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi procurado por emissários do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e está disposto a trabalhar pautas em comum com o novo governo. O parlamentar, que também é pastor, diz que o interesse em sentar à mesa com os petistas não significa incoerência nem traição a Bolsonaro.

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