O candidato ao governo pelo PSDC, Alexandre Magalhães, tem como uma de suas propostas lutar pela divisão do Estado de Goiás para a criação de uma nova unidade federativa, o Estado do Planalto Central. Segundo Magalhães, o novo Estado abrangeria basicamente a região do entorno do Distrito Federal, como forma de ajudar a resolver os problemas sociais da população de lá.
“O nosso projeto é simples: já existe ali a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), que são 26 municípios do Estado de Goiás, 12 cidades satélites e mais 3 municípios pertencentes a Minas Gerais, o que somaria 41 municípios”, disse o candidato, justificativa sua idéia. “Brasília seria apenas o Plano Piloto, a asa norte e a asa sul, com um governador nomeado pelo presidente da República. O nome seria aprovado pelo Congresso”, acrescentou.
Ainda segundo Magalhães, os parlamentares atualmente eleitos pelo DF seriam do novo Estado e, juntamente com o governador da nova unidade, seriam eleitos pelos eleitores dos 41 municípios. “Aí sim o DF teria sua sede administrativa e o Estado do Planalto Central teria um governo presente, junto, com condições financeiras”, afirma.
Para o candidato do PSDC ao governo de Goiás, o entorno do DF tem dificuldades que atualmente não são assumidas e resolvidas por nenhum dos dois governos próximos. “Brasília hoje é a capital da República. Quando ela foi projetada por Juscelino Kubitschek, era para ela ser a sede administrativa, somente a capital administrativa, um projeto para 500 mil pessoas. Hoje, já tem mais de 2 milhões de pessoas lá, e o Entorno do DF, mais 2 milhões”, descreveu.
“Ali não tem quem zela. Goiás não zela daquilo, não tem dinheiro suficiente. E o DF já tem muito dinheiro, mas existe uma complicação muito grande destes convênios da Ride. O governo do DF tem bilhões em caixa, mas não consegue gastar na região do entorno. Temos que mudar esta estrutura, esta divisão, senão, isto vai continuar, e vai virar uma Bagdá, uma bagunça: vai crescer 250 mil pessoas ao ano ao redor de Brasília. Daqui a alguns dias não tem controle mais, serão favelas”, projeta. “Não é questão de correr de nossas responsabilidades com o governo. É uma questão de estratégia para o País, para o Brasil. É uma questão de segurança nacional.”, acredita.
Alexandre Magalhães reconhece que seria preciso envolver o Congresso e gerar uma grande mobilização para que a ideia do novo Estado se tornasse realidade. “Como é uma questão nacional que cabe ao Congresso, nós vamos vestir esta camisa, apresentar este projeto lá e faríamos uma consulta pública para que a população de lá diga se é a favor ou não”, disse. Segundo o candidato, há pesquisas já feitas que demonstrariam que a população do entorno é favorável à divisão.
Ainda segundo o candidato do PSDC, a perda de território não seria prejudicial para o Estado de Goiás, que com a Constituição Federal de 1988 já havia perdido a parte correspondente hoje ao Estado do Tocantins. “Goiás não vai perder, todo mundo vai ganhar. Perde um pedacinho, não tem problema, nós estaríamos resolvendo o problema da população. Temos de deixar de ser bairristas, isso não existe. Nos EUA tem 50 Estados. O Brasil precisa diminuir o tamanho dos nossos ”, afirma.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos